O Núcleo Regional de Portalegre da Quercus exige a «intervenção imediata» das autoridades competentes na albufeira do Maranhão, no concelho de Avis, por forma a que seja «rapidamente analisada e possam ser determinadas» as causas que levaram ao aparecimento de cianobactérias.
Em comunicado, a associação ambientalista alerta para «a ocorrência de grandes manchas de cianobactérias na Albufeira do Maranhão que ao longo das últimas semanas se têm depositado ao longo das suas margens», o que, segundo a Quercus, «poderá trazer riscos à saúde humana, à saúde animal e ao ambiente em geral, uma vez que algumas das espécies de cianobactérias produzem toxinas, com efeitos negativos, por contacto ou ingestão», sendo que Algumas cianotoxinas são cancerígenas e podem inclusive ser letais a partir de determinada dose».
«Perante este cenário, a Quercus exige a intervenção imediata das Autoridades competentes, de modo a que situação em causa seja rapidamente analisada e possam ser determinadas as causas deste fenómeno», bem como apela também para a que as autoridades locais, «como medida de prevenção e até a que existam conclusões relativamente às análises que certamente serão realizadas, impeçam o acesso público aos locais de concentração destas cianobactérias, pelos perigos que as mesmas podem representar».
A Quercus relembra ainda «que ao longo dos últimos anos foram instalados milhares de hectares de olival intensivo e superintensivo nas margens da Albufeira do Maranhão», pelo que desafia «as entidades competentes a estudar uma eventual relação causa-efeito entre esta instalação e o fenómeno que está a ocorrer, dado que a proliferação de cianobactérias pode ter origem em processos de eutrofização, devido ao excesso de nutrientes que são utilizados na agricultura».