PS viabiliza «investimentos cruciais» para Portalegre

O Grupo Municipal do Partido Socialista (PS) na Assembleia Municipal de Portalegre anunciou esta quinta-feira, dia 25, que vai votar favoravelmente aos pedidos de autorização prévia dos empréstimos para as requalificações da Piscina do Assentos e da Avenida Francisco Fino, bem como a revisão ao orçamento e plano plurianual de investimentos dos SMAT.

Em conferência de imprensa com o objectivo de realizar «um ponto de ordem» sobre a actividade da Assembleia Municipal, que reúne em sessão ordinária na noite de sexta-feira, dia 26, o Grupo Municipal do PS antecipou o seu sentido de voto e afirmou-se, nas palavras de João Pedro Meira, como «única oposição desde o primeiro minuto» ao actual executivo.

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«Somos oposição à CLIP mas não somos oposição nem a Portalegre nem aos portalegrenses e, como tal, ainda que não tenhamos sido chamados nunca para o exercício da governação, estamos ao lado de Portalegre e dos portalegrenses em investimentos cruciais como estes», disse João Pedro Meira, adiantando que a bancada vai votar favoravelmente aos pedidos de empréstimos para as requalificações da Piscina dos Assentos e da Av. Francisco Fino, na Zona Industrial.

Apesar de assumir que o PS se «identifica» com os dois investimentos, o membro da AM acautela que «estas obras implicam um aumento de cerca de um milhão e meio de euros no endividamento da Câmara», pelo que «é necessário prudência e contenção no que toca a investimentos futuros».

Em discussão na AM vai também estar a primeira revisão ao orçamento e ao plano plurianual de investimentos dos SMAT que vão igualmente merecer o voto favorável da bancada socialista. No que diz respeito ao orçamento, João Pedro Meira congratula-se com «a boa gestão» orçamental dos SMAT que apresenta um resultado líquido positivo de cerca de 248 mil euros. Por outro lado, refere, «houve um conjunto de obras que permitiram melhorar a rede de distribuição de água e de saneamento e também a rede de transportes em Portalegre».

Por tudo isto mas principalmente porque «há um conjunto de projectos na ordem de cerca de 450 mil euros de investimentos que estão previstos nesta revisão e que na nossa perspectiva respondem a um conjunto de necessidades da freguesias» – como são exemplo a Urra, com a estação elevatória do bairro dos Apóstolos e na remodelação da conduta na Rua das Flores;  Alegrete, mais concretamente em Benzilhão; e Carreiras, com as obras na conduta de água e reservatório da Rua do Relógio -, o partido mostra-se a favor da proposta, tendo em conta que se trata de «um conjunto de investimentos necessários».

De acordo com João Pedro Meira, a estratégia orçamental dos SMAT alterou-se após a entrada do vereador Artur Correia no Conselho de Administração daquela entidade em Novembro de 2019, altura «em que se começou a fazer a cabimentação de obras», sublinha.

Em jeito de conclusão, João Pedro Meira garantiu que «o PS e o Grupo Municipal estão sempre disponíveis  para defender projectos em nome de Portalegre e dos portalegrenses, independentemente de outro tipo de oposições que sejam feitas, mas que por nós não são praticadas enquanto partido responsável», disse.

Em uso da palavra, José Pinto Leite acrescentou que «esta não é a posição actual do PS, é a posição do PS de sempre. Não mudamos ao sabor do vento», frisando ainda que «temos uma ideia para Portalegre» e que «esperamos em breve concretizá-la para pôr cobro aos anos de escuridão que pairam sobre o concelho».

Pinto Leite garante que «até lá não somos oposição por oposição», pois, «apesar do pesadelo a que estamos remetidos na governação do município, que denunciamos há anos com vigor, nunca deixámos de formular propostas ou de contribuir para a melhoria dos projectos que nos chegam sempre muito mal gizados», refere.

O também membro da AM reiterou ainda que o PS «apoiou sempre» os projectos da Piscina do Assentos e da Av. Francisco Fino, exigindo que as mesmas se executem «agora e sem demora, gastando bem o dinheiro que se fica a dever e é preciso pagar no futuro».

José Pinto Leite defende ainda que agora «temos que pensar em projectos estruturantes», dando como exemplo a Escola da GNR, para a qual «não poderá nunca faltar o dinheiro porque dela depende também o futuro».

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