Há 473 anos, D. João III, “o Piedoso”, elevou Portalegre a cidade. Portalegre, situada entre a planície e a montanha, “cercada de serras, ventos, penhascos, oliveiras e sobreiros”, anexada pelo prestigiado Parque Natural de São Mamede. Cidade única e especial, Capital do Desporto Aventura, com uma enorme riqueza gastronómica, cultural, tradicional, paisagística e histórica.
Comemorar o Dia da Cidade, dia 23 de maio, significa fazer jus aos nossos valores e princípios, bem patentes nas cores da bandeira da nossa cidade. O amarelo traduz nobreza, fé, fidelidade, constância e liberalidade. O negro representa a terra, exprime firmeza e honestidade. É, justamente, essa essência do que é ser portalegrense, que procuramos dignificar nas decisões tomadas para o futuro de Portalegre. Com fidelidade aos nossos princípios e valores (cor amarela), temos agido na representação dos interesses da nossa terra (cor negra).
Comemorar o Dia da Cidade, significa também, celebrar a data mais relevante do município, ou seja: recordar o que nos une; recordar o que é ser portalegrense; sair à rua com os nossos costumes e tradições; demonstrar o orgulho que nutrimos pela nossa cidade; perspetivar um futuro melhor para o nosso concelho e para os portalegrenses.
Os portalegrenses são o melhor património de Portalegre. Há um sentimento que sempre permaneceu: o amor pela nossa terra, porque não podemos perder a esperança e o acreditar naquela que é a força que vem de dentro de Portalegre e de cada um dos portalegrenses.
Neste sentido, foram promovidas as Festas da Cidade no Jardim da Corredoura, entre os dias 19 a 23 de maio, terminando com a Corrida de Touros, no dia 4 de junho. Portalegre voltou a ser ponto de encontro entre família, amigos, portalegrenses e pessoas de outros municípios do Distrito de Portalegre. Com um orçamento de cerca de 100.000€, contou-se com 80 exposições, concertos para todos os gostos e públicos, cultura, gastronomia, desporto e muita animação em milhares de pessoas. Só podemos ficar muito agradados com o sucedido, porque as Festas da Cidade traduzem as ambições do poder local para a cidade.
A Câmara Municipal de Portalegre e a União das Freguesias da Sé e São Lourenço estão muito empenhadas em melhorar a qualidade de vida das pessoas e das famílias. Após quase 2 anos de mandato do atual executivo municipal, podemos afirmar que o Município de Portalegre está no rumo certo. Por exemplo, o projeto do Centro de Formação de Portalegre da Guarda Nacional Republicana, pela primeira vez saiu do papel, um dos projetos que o concelho mais ambicionava, e por sua vez a expansão da área de acolhimento empresarial. No setor imobiliário destaco: o projeto de execução das infraestruturas do loteamento do Bairro da Ratinha, que se encontrava há vários anos a aguardar a conclusão das obras; a requalificação de 109 habitações nos bairros sociais da cidade; a iniciação das obras na residência de estudantes, que permitirá a requalificação, ampliação e adaptação do edifício, aumentando a oferta de camas para os estudantes deslocados. Esta medida torna-se bastante importante nos dias de hoje, porque vivemos uma crise na habitação. Em Portugal, nas residências estudantis públicas existe uma cama para cada 8 estudantes deslocados. O atual governo não executa o que lhe compete e o que promete. Assim, a Câmara Municipal de Portalegre tem de ir além das suas competências. No setor da reabilitação urbana distingo: a continuação da recuperação das muralhas na Avenida 1º de maio; a requalificação e valorização do Castelo de Portalegre; a iniciação da recuperação do parque de campismo; a requalificação de espaços públicos em todo o concelho. No setor da saúde destaco: a aliança com a ULSNA para melhorar as infraestruturas de saúde na cidade e nas freguesias rurais, e para haver novas extensões de saúde. No setor da educação friso: a requalificação da Escola Básica Cristóvão Falcão; os primeiros passos para uma intervenção na Escola Básica José Régio.
No contexto atual, promover Portalegre é afirmar a sua identidade numa dimensão indispensável para a sua competitividade. As pessoas atravessam um mau momento, enquanto país precisávamos de uma estabilidade bem diferente. Os sucessivos governos deixaram o Alto Alentejo ao abandono. Somos a única capital de distrito que não oferece uma autoestrada, por exemplo.
Posto isto, o crescimento da cidade de Portalegre depende de nós, em parte, individualmente e coletivamente. Porém, não é um processo imediato, constrói-se com esforço, conjugado com parcerias e trabalho em rede. Gradualmente, não tenho dúvidas que o futuro será risonho.
