PJ faz buscas em Portalegre no âmbito da Operação ‘Concerto’

A Polícia Judiciária (PJ), através da Unidade Nacional de Combate à Corrupção, realizou esta quinta-feira, dia 4, uma operação policial que visou a execução de 34 mandados de busca e apreensão, 10 buscas domiciliárias e 13 não domiciliária em organismos públicos, e 11 buscas não domiciliárias em empresas, em Lisboa, Oeiras, Mafra, Amadora, Alcácer do Sal, Seixal, Ourique, Portalegre, Sintra e Sesimbra.

No âmbito do inquérito dirigido pelo DCIAP, «investigam-se factos susceptíveis de enquadrar a prática dos crimes de corrupção passiva, corrupção activa, prevaricação, participação económica em negócio, abuso de poderes (titulares de cargos políticos) e abuso de poder (regime geral)», refere a PJ em comunicado

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«Em causa estão fortes suspeitas de favorecimento de empresas do sector da comunicação, publicidade, marketing digital e marketing político, por parte de diversas entidades públicas», referem as autoridades, que adiantam que «diligências realizadas visam consolidar a indiciação de que, às empresas referenciadas pela investigação, terão sido adjudicados contratos, por ajuste directo ou por consulta prévia, em clara violação das regras aplicáveis à contratação pública, designadamente, dos princípios da concorrência e da prossecução do interesse público, causando elevado prejuízo ao Erário Público».

Participaram na operação cerca de 150 elementos da Polícia Judiciária, inspectores e peritos da Unidade de Perícia Financeira e Contabilística e da Unidade de Perícia Tecnológica e Informática da PJ, além de oito Magistrados do Ministério Público, no DCIAP.

A Unidade Nacional de Combate à Corrupção da PJ prosseguirá a investigação, com a análise aos elementos probatórios recolhidos, através do seu exame e eventual intervenção pericial, visando o apuramento integral de todas as condutas criminosas, o seu cabal alcance e, bem assim, a sua célere conclusão.

Os órgãos de comunicação social nacionais adiantam que os alvos desta mega-operação da PJ são Luís Bernardo, ex-assessor de José Sócrates que detém a empresa de assessoria WLPartner, e o amigo e consultor João Tocha, responsável da First Five Consulting.

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