A Direcção Regional do Alentejo do PCP, reunida em Évora, voltou a alertar para o agravamento dos problemas sociais e económicos no distrito de Portalegre, acusando o Governo de «negligenciar o interior» e de limitar-se a «propaganda e promessas». Em comunicado, o PCP exige a concretização de investimentos há muito reclamados na área da saúde, educação e mobilidade, sublinhando que “o distrito continua a ser vítima de atrasos intoleráveis”.

Entre as obras prioritárias apontadas pelo PCP estão a ampliação e modernização do Hospital Doutor José Maria Grande, em Portalegre, cuja execução foi aprovada no último ano, mas que «continua sem sair do papel». O partido considera «urgente» garantir financiamento para concluir essa intervenção, bem como para reforçar os cuidados de saúde primários em todo o distrito.

No sector da educação, a DRA do PCP exige a requalificação da Escola Básica 2,3 José Régio, em Portalegre, e a Escola Prof.ª Ana Maria Ferreira Gordo, no Crato, incluídas no acordo entre o Governo e a Associação Nacional de Municípios, mas que «não viram ainda qualquer avanço concreto».

Infra-estruturas rodoviárias e ferroviárias em atraso

O PCP reitera que o distrito sofre com a falta de acessibilidades e com a degradação da rede rodoviária. Entre as prioridades para o distrito, o partido destaca a requalificação do IP2, em toda a sua extensão nos distritos de Évora e Portalegre, e a conclusão do IC13, garantindo a ligação entre Alter, Portalegre e Galegos.

Na área ferroviária, o partido defende a electrificação da Linha do Leste e a sua aproximação à cidade de Portalegre, sublinhando que este investimento é «essencial para o desenvolvimento económico, a mobilidade das populações e o combate ao despovoamento».

PCP critica “abandono” do distrito e exige nova política para o Alentejo

A Direcção Regional denuncia que o distrito de Portalegre enfrenta «desigualdades territoriais crescentes», perda de população e degradação de serviços públicos, sobretudo na saúde e na educação. Para o PCP, «a política de sucessivos governos — do PS e agora do PSD/CDS — tem condenado o distrito a um papel secundário, sem investimento, sem estratégia e sem futuro».

O partido reclama uma mudança de política, com um Programa de Infra-estruturas Públicas no Alentejo que garanta investimento na mobilidade, nos serviços públicos e na agricultura, e acusa o Governo de “reprogramar fundos europeus ao sabor das prioridades de Bruxelas, ignorando as necessidades da região”.

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