O oficial da GNR João Semedo, acusado de crimes de abuso de autoridade e ofensa à integridade física no processo “Red Man”, foi condenado esta terça-feira, dia 15, pelo Tribunal Central Criminal de Lisboa, a cinco anos de prisão com pena suspensa, bem como ao pagamento de uma indemnização de dois mil euros a um dos formandos agredidos.
De acordo com o CM, o tribunal considerou que João Semedo actuou «com violência absolutamente desnecessária», causando lesões, ferimentos e fracturas aos formandos na prova “Red Man”, sabendo que essa conduta era proibida.
O tribunal considerou ainda que o instrutor da prova “Red Man” actuou de forma culposa e com desprezo pela integridade física dos formandos.
Este caso, que corresponde ao período entre 1 de Outubro e 9 de Novembro de 2018, ocorreu no Centro de Formação da GNR de Portalegre, e envolveu um treino chamado “Red Man” durante o qual vários candidatos a guardas terão ficado feridos, na sequência das «violentas agressões» realizadas durante o exercício, as quais «provocaram graves lesões, obrigando a internamentos hospitalares e a intervenções cirúrgicas. Houve formandos que perderam os sentidos e ficaram com mazelas oculares. Correram sério risco de perder a visão», segundo relatou à época o JN que tornou público o caso.