Ministra da Saúde afirma que temos de «continuar a combater o vírus sem aliviar as medidas de precaução»

A ministra da Saúde, Marta Temido, momentos antes de falar aos jornalistas no final da XVIII sessão de apresentação sobre a “Situação Epidemiológica da covid-19, no Infarmed, em Lisboa, 23 de março de 2021. ANTÓNIO COTRIM/LUSA

A ministra da Saúde, Marta Temido, destacou a necessidade de «continuar a combater o vírus sem aliviar as medidas de precaução» para que Portugal possa continuar a trajectória positiva perante a evolução da pandemia de Covid-19.

Na conferência de imprensa após mais uma sessão de apresentação sobre a situação epidemiológica em Portugal, a ministra salientou a necessidade de «manter uma atenção elevada e uma especial precaução relativamente à abordagem aos próximos dias e às próximas semanas».

Marta Temido sublinhou também o reforço da estratégia de testagem, que tem incluído rastreios no regresso às actividades escolares e de outras actividades à beira da retoma, e a evolução da vacinação. «Vale a pena sublinhar que estimamos atingir no final desta semana a meta a que nos propúnhamos de inoculação de pelo menos 80% das pessoas com mais de 80 anos, estimando também que tenhamos mais de um milhão de portugueses vacinados com uma inoculação e cerca de meio milhão de portugueses já com o processo de vacinação completo».

A governante afirmou ainda que o início do processo de desconfinamento aumentou a mobilidade e reduziu o teletrabalho e reiterou o apelo à adopção das medidas de prevenção, mantendo-se sempre que possível o teletrabalho, restringindo-se os contactos sociais ao indispensável e garantindo-se as medidas de precaução básicas de saúde pública.

Marta Temido referiu que a situação epidemiológica está estável, «com uma tendência decrescente no número de novos casos, de internamentos e de mortalidade», e acrescentou que o actual risco epidemiológico «está com uma incidência num patamar situado entre os 60 e os 120 casos por 100 mil habitantes ao longo dos últimos 14 dias e, em termos de risco efectivo de transmissão, está agora com um risco de 0,88 para o território continental.

A ministra alertou também para o contexto europeu, uma vez que grande parte dos países está com uma «incidência maioritariamente elevada e riscos efectivos de transmissão também considerados elevados». Marta Temido afirmou que este é um contexto «adverso e preocupante».

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