Em clara acção popular, a população gavionense enche o cine-teatro em objectiva e flagrante contestação a uma ‘acção popular’ movida por uma cidadã, proprietária dos dois únicos supermercados da vila, junto do Tribunal Administrativo de Castelo Branco, assumindo-se como representante da população e contestando a afectação de um terreno vendido em hasta pública pela Câmara para construção de uma superfície comercial, a qual licitou, tendo ganho outra empresa.
A cidadã alega agora que foram derrubados sobreiros, assunto que está em causa noutro processo que instaurou e que o Município contesta, o que a ter ocorrido já tinha acontecido quando da hasta pública a que a mesma pessoa concorreu, não tendo obtido vencimento.
Na prática o que está em causa, segundo a generalidade dos presentes, é uma acção dilatória para atrasar a instalação de outro supermercado, e inclusive fazer com que a empresa ganhadora desista do empreendimento.
No final da sessão, foi aprovada por unanimidade uma moção de apoio à Câmara e condenando veementemente as pretensões da proprietários dos supermercados, e os vereadores dos três partidos representados no colectivo autárquico assinaram as declarações de não consentimento de representação, pois não está em causa uma questão partidária mas de desenvolvimento económico do concelho.
