Forcados de Portalegre mobilizam mais de duas dezenas de dadores para dádiva de sangue

O Grupo de Forcados Amadores de Portalegre promoveu, pela primeira vez, uma acção de recolha de dádivas de sangue, numa iniciativa que pretendeu envolver e sensibilizar todos os elementos do grupo, antigos e actuais, bem como a população para esta causa, sendo também este um exemplo de como esta é «também uma força viva da cidade, que tem um papel social e mobilizador, que vai além da tauromaquia», sublinhou o presidente da Assembleia da Associação, Manuel Brandão.

Com a colaboração das enfermeiras do Banco de Sangue do Hospital Doutor José Maria Grande, e em particular do Dr. Igor Filipciuc, que foi crucial para que a acção se realizasse conforme o previsto, esta recolha de sangue revelou-se um sucesso, com 23 pessoas a inscreverem-se para fazer a dádiva, das quais 22 puderam dar o seu contributo, sendo que uma pessoa não o conseguiu fazer por razões médicas.

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Dos vários dadores que se mobilizaram e deslocaram à Tertúlia, em Portalegre, para dar o seu contributo, é de realçar que foram vários os elementos do grupo que deram o seu contributo, bem como os 10 dadores que o fizeram pela primeira vez, nove homens e uma mulher, e foram ainda registadas duas inscrições no registo de medula.

Orgulhoso pelo resultado final desta recolha de sangue, que ultrapassou os valores que o Grupo espera, tendo com conta de que a dádiva decorreu em dia e horário de trabalho, Manuel Brandão explicou ao nosso jornal que esta iniciativa é para repetir e para passar a ser «uma rotina no nosso calendário de actividades», pois «embora o nosso foco seja a tauromaquia, entendemos que devemos ter um papel social, sendo exemplo não só esta acção como várias outras que temos organizado», sublinha o presidente da Assembleia, que frisa ainda a importância e o exemplo que esta recolha de sangue representa, e assegura que «a próxima iniciativa que queremos fazer será um sábado, envolvendo outra dinâmica que seja atractiva a que muitos mais venham fazer a sua doação de sangue».

Manuel Brandão denota ainda que o Grupo tem vários jovens, uma faixa etária que que importa sensibilizar para a doação de sangue, incutindo-lhes o hábito da dádiva bem como a importância deste tipo de acções solidárias.

O dirigente dos Amadores de Portalegre agradeceu a toda a equipa do Banco de Sangue pelo apoio na concretização desta iniciativa, e deixou um reconhecimento especial ao Dr. Igor, pela sua disponibilidade, uma vez que a recolha esteve quase a ser cancelada por falta de médico e «o Dr. Igor de imediato se disponibilizou a vir, pois sem médico não seria possível, e estamos muito gratos por isso», referiu.

Gonçalo Louro, cabo do grupo, destaca a participação de tantos elementos nesta recolha de sangue, considerando que é a primeira vez que foi feita e no dia em qua foi, «é de salutar e aplaudir a quantidade de forcados que quis vir fazer a sua doação, alguns dos quais com 18 anos completados apenas há alguns dias», realça, sublinhando a importância desta causa social e que todos percebam que «todos podemos vir a precisar de sangue, e por isso devemos dar o nosso contributo e ajudar quem precisa».

Para o cabo este é mais um exemplo que o Grupo dá à sociedade de que «aquela imagem madrasta que existia dos forcados não nos define e que conseguimos fazer muito mais além de pegar touros», constata Gonçalo Louro.

O Dr. Igor Filipciuc considera que esta recolha de sangue promovida pelos Forcados de Portalegre destaca-se por abranger uma faixa etária que é cada vez mais necessária, referindo-se aos mais jovens elementos do grupo, para a dádiva de sangue e defende que a próxima, a ser realizada num fim-de-semana e com um convívio à mistura, pode resultar no contributo de muitos mais dadores, embora o número desta acção seja já notório.

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