Festival Internacional de Palhaças vai colocar Castelo de Vide a navegar à Bolina na alegria

A vila de Castelo de Vide vai voltar a receber o Bolina – Festival Internacional de Palhaças, que regressa ao Alto Alentejo para a sua 4ª edição, que se realiza de 7 a 13 de Junho.

A navegar desde 2015, o Bolina nasceu em S. Miguel (Açores) e atravessou o Atlântico dois anos depois para ancorar em Castelo de Vide. No porão trouxe os sonhos, os projectos e o trabalho de paixão de palhaças do mundo inteiro.

Durante uma semana inteira desembarcam no Alto Alentejo artistas vindas de todo o mundo: França, Itália, EUA, Colômbia, Polónia, Israel, Alemanha, e, claro, Portugal. Apresentam-se em palco, mas também vão ao encontro da população, na rua, nas escolas, lares de terceira idade… é o clown social a entrar no coração da comunidade. Entre quatro paredes decorrerão, em simultâneo, ateliers em que a arte da palhaçaria será desmontada e ensinada a quantos queiram aprender, entender, vesti-la…

Preparem-se os narizes, e espalhem-se pela vila: Parque 25 de Abril, Largo Salgueiro Maia, Jardim Garcia d’Orta, Parque Malato Beliz e Cine-Teatro Mouzinho da Silveira. Todos os dias das 9h às 19h. Um dos grandes momentos está agendado para meio da semana, na Igreja S. João Batista, e tem a assinatura de Tiago Melo Bento: o filme “À Bolina”, uma viagem às anteriores travessias.

Assim o sonhou a Maria Simões, sua mãe e directora, a quem se têm juntado mulheres e homens que acreditam nesta linguagem feminina do clown, cheia de solidariedade, intervenção e criação de laços comunitários. O carimbo original é da Descalças Cooperativa Cultural, com o apoio da Direcção Regional da Cultura do Alentejo, a Câmara Municipal de Castelo de Vide, Câmara Municipal de Ponte de Sor, festival Tem Graça, União das Palhaças em Portugal, Azores Fringe Festival, Santa Casa da Misericórdia de Castelo de Vide, Fundação Nossa Senhora da Esperança e Lar Póvoa e Meadas, entre outras. A união em torno deste mundo de humor feito com tanto amor.

Envolver a comunidade na arte da palhaçaria é uma das propostas, e uma das coroas de glória do Bolina. Por isso, lhes são tão queridos os workshops dados pelas nossas artistas, que na sua maioria também exercem tarefas de formação. As manhãs de segunda a quinta-feira vão ser integralmente preenchidas com as oficinas de Hillary Chaplain (EUA), “Encontra a tua comicidade e leva-a para o trabalho!”, e de Patrícia Ubeda (BR), “Oficina de Palhaço/a”. E no fim-de-semana haverá oficinas curtas para quem nunca experimentou e quer meter o dedo pela primeira vez nesta arte.

Na senda da proximidade, as tardes do Festival enchem-se de um dos seus maiores pontos de honra: o clown social, uma das áreas à qual se dedicam as artistas profissionais que temos connosco, fazendo deste propósito um orgulho que dá mais sentido à vida da palhaça. As ruas, as casas, os lares, as escolas vão encher-se de palhaçarias.

No fim-de-semana, Tânia Safaneta e Catarina Mota, ambas de Portugal, ocupam-se de toda a família, com “Momento Absurdo”, no Parque 25 de Abril, e “Heart of a Clown”, no Jardim Garcia d’Orta, respectivamente. Há-de ser pelas 16h, porque domingo, às 17h, Jay Toor (Israel/Alemanha) apresenta “Holiday on Delay”, no Parque Malato Beliz. Sendo que duas horas mais tarde a portuguesa Susana Cecílio apresenta, no Cine-Teatro Mouzinho da Silveira, “Com amor, papel manteiga e marcador”.

Estão reservadas duas grandes noites de festa. No dia 10, a Gala de Palhaças da UPP (União de Palhaças em Portugal) traz-nos Patrícia Ubeda, Poliana Tuchia, Pina Polar, Filipa Mendes, Patrícia Pais e Tânia Safaneta que sobem ao palco do Cine-Teatro Mouzinho da Silveira. Sábado, também às 19:00, vai ser a Gala de Palhaças Internacional no mesmo sítio com os talentos de Karina Kokonut (França), Hilary Chaplain (EUA), Claudia Cantone (Itália), Jay Toor (Israel/Alemanha), The Clown Angels (Itália), Sara Gagliarducci (Itália), Paula Malik (Colômbia), e Barbara Probst (França).

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