Festival do Crato continua a unir música, tradição, gastronomia e artesanato com momentos inesquecíveis

Antevisão do Festival do Crato 2024 e 38ª Feira de Artesanato e Gastronomia: Um Festival de Tudo para Todos

O Festival do Crato, o mais aguardado do ano no Alto Alentejo, prepara-se para celebrar, de 28 a 31 de Agosto, a sua 38.ª edição como Feira de Artesanato e Gastronomia.

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Este que é um dos maiores eventos realizados no Alentejo e também um dos festivais mais acarinhados pelo público português, volta a apostar num cartaz eclético, dirigido a todas as gerações, que vai voltar a atrair milhares de visitantes à histórica vila, que volta, assim, a ser paragem obrigatória no roteiro familiar e dos festivaleiros e palco de muitos momentos inesquecíveis.

Num evento que tem uma mística especial e que continua, orgulhosamente, a unir grandes nomes da música nacional e internacional à tradição, história, artesanato, gastronomia e cultura desta região, o Festival do Crato prepara-se para mais uma grande edição e promete voltar a ser «uma experiência fantástica» para todos aqueles que visitem este espaço distinto, que este ano vai surgir com algumas novidades.

Em conversa com o nosso jornal, o presidente da Câmara do Crato, Joaquim Diogo, faz uma antevisão das expectativas para esta edição e revela-nos algumas das novidades que a organização irá implementar, e deixa a promessa de que este continua a ser um «Festival de Tudo e para Todos».

A.A. : Sabemos a importância que este festival tem tanto para o município como, essencialmente, para a região, mas sendo também inquestionável o seu sucesso e a projecção alcançada a nível nacional. 

Na sua perspectiva, qual é a chave principal para sucesso do Festival do Crato? 

Sem dúvida, atingimos ao longo dos anos um patamar bastante importante naquilo que é o Roteiro dos Festivais de Verão em Portugal, acho que a chave é a mistura da nossa origem que é uma feira de artesanato e gastronomia com um cartaz amplo com os melhores artistas nacionais e até eventualmente ser dos primeiros a apostar em artistas internacionais. 

A.A.: Quais as expectativas para a edição deste ano, quer pelo cartaz que foi montado, mas sem esquecer toda a envolvente deste evento, que não se resume só à componente musical?

Bom a expetativa é sempre elevada, espero que seja um ano em grande, tentamos equilibrar o cartaz com concertos que possam agradar a várias faixas etárias, mas também enquadrar melhor o espaço quer do Festival do Crato quer da Feira de Artesanato e Gastronomia onde vamos ter mais de 60 expositores ( 30 de Gastronomia e 31 de Artesanato), depois é desfrutar do nosso recinto no centro da Vila do Crato, aproveitar a nossa rede de transportes que estão devidamente coordenados com o Festival e que chegam a todo o Distrito, e também a todo o território nacional com os nossos parceiros. 

A.A.: O cartaz musical é um dos maiores atractivos do Festival. Qual é o maior desafio para se montar um cartaz, cheio de artistas para vários dias, num evento deste calibre?

Um dos maiores desafios é o equilíbrio, entre introduzir projetos novos e continuar a trazer artistas já com uma carreira cimentada, é desafio grande poder equilibrar não entrar em loucuras, mas também para podermos trazer artistas de renome e manter o nível do Festival do Crato somos obrigados a investir, aquilo esperamos é que a venda de bilhetes possa equilibrar este investimento, sendo que o Bilhete para o nosso Festival ainda é um dos mais acessíveis do país.  

A.A.: Faltando pouco mais de um mês para o pontapé de saída, a vila do Crato já está pronta para receber mais uma edição do Festival?

Sim, já existe uma experiência muito grande de todos, quer da organização quer de todos os agentes em volta do mesmo. Iniciamos as montagens do Festival há cerca de 15 dias pois queremos diminuir a interferência na vida das pessoas que residem na Vila do Crato, A zona de Camping Ocasional também já está a andar e esperamos ter tudo pronto três dias antes do Festival e dois dias antes da Feira de Artesanato e Gastronomia.

A.A.: A Feira de Artesanato e Gastronomia (FAG), que está na génese do Festival, é um evento de grande importância para a promoção do concelho. Considera que esta feira acrescenta valor e o distingue em relação aos demais festivais?

Sim, sem dúvida, já tinha afirmado isso, é uma das principais diferenças a mistura entre a tradição, história, experiências, cultura com os Grandes Concertos. 

A.A.: Contando já com 38 edições, e havendo sempre a vontade de inovar ou tentar fazer diferente para continuar a cativar o público, em que é que esta edição de 2024 diferirá das anteriores? Temos novidades que nos possa revelar, inclusive em termos do recinto?

Sim, já é difícil inventar a roda, mas este ano vamos trazer o artesanato para a zona mais a sul (junto ao coreto), relocalizamos o palco 2 para zona norte, de forma a podermos ter uma zona de plateia e uma zona de explanada, em volta do palco teremos as habituais tasquinhas e também os restaurantes, o que planeamos foi uma maior circularidade nos espaços. 

A.A.: A FAG sempre contou com a participação massiva do público do Alto Alentejo (o público do Festival é diferente, está mais direccionado para a música). Sente que este público mais local ainda acarinha da mesma da mesma forma a feira?

Vou ser muito sincero, temos de investir nesta vertente, temos enormes desafios, somos das ultimas FAG´s do ano, ou seja já existe uma saturação deste tipo de eventos pelos principais atores e agentes,  desde a falta de artesãos (e é um compromisso grande estar cinco dias consecutivos, por vezes depois de ter feitos 8, 9, 10 eventos durante o verão), na gastronomia conseguir ter um equilíbrio entre a tradição e a resposta para as massas também é importante, depois a gestão do espaço, este ano nós demos mais espaço á FAG, vamos desenvolver algumas iniciativas que podem permitir dar visibilidade ao artesanato e à gastronomia. Apesar disso este ano tivemos uma procura superior ao ano anterior. Também vamos manter a aposta no palco 2 no qual iremos apresentar os nossos projetos locais e regionais (as Filarmónicas, Ranchos, Grupos de Cantares, Fado, etc) é também uma oportunidade para as nossas Associações.  

A.A.: É bem visível que a programação musical tem a preocupação de ter vários estilos musicais em vários dias. Com esta mistura de géneros pretendem continuar a afirmar o Festival como um local onde todos têm lugar?

Sim, essa é a nossa mística, ainda somos um Festival Puro, sem interferências externas, não fazemos bandeira disso, estamos disponíveis para fazer parcerias, mas queremos manter aquilo que nos distingue, essa Marca de sermos um Festival que junta famílias, amigos, que junta pessoas dos 8 aos 80, que junta agentes económicos, associações, que disponibiliza cultura, tradição, acima de tudo que proporciona experiências com segurança e muita tranquilidade.  

A.A.: Olhando para os números das bilheteiras até ao momento, como está a ser a adesão do público?

Estamos bem, ligeiramente acima do ano anterior, infelizmente as pessoas deixam sempre para última hora a compra dos bilhetes para o Festival do Crato, mas isso também já faz parte, eventualmente um desafio para o ano de 2025, criar passatempo e antecipar a venda de bilhetes. 

A.A.: Por fim na sua opinião, quais os motivos pelos os quais os festivaleiros devem escolher o Crato como seu festival e Verão?

Quem conhece garanto que vamos manter o nível que já conhecem e também que a simbiose entre a Feira de Artesanato e Gastronomia e o Festival do Crato vai melhorar, quem não conhece, venham conhecer um Festival diferente, num espaço absolutamente destinto, onde se percebe que estamos num sítio distinto, tragam a vossa família e vão ver que vai ser uma experiência fantástica. Utilizem os transportes disponíveis por todo território (por valores muito baixos), e também as parcerias ao nível nacional. 

Aqui podem juntar o melhor da Gastronomia Alentejana à Tradição das nossas artes e música tradicional aos Grandes Concertos do panorama Musical Nacional e Internacional. Este é Um Festival de Tudo para Todos.

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