Em comunicado enviado ao nosso jornal e que passamos a transcrever na íntegra, com o título “Reposição da Verdade”, a direcção das empresas Selenis, Evertis e Renascis «lamenta» e considera uma «conclusão totalmente infundada» o facto de estas empresas terem sido classificadas pela USNA – União dos Sindicatos do Norte Alentejano como «as piores empresas para os trabalhadores em 2024».

Reposição da Verdade

“As Empresas Selenis e Evertis foram recentemente surpreendidas com uma notícia difundida pela Rádio Portalegre de que tinham sido classificadas pela USNA – União dos Sindicatos do Norte Alentejano – como “as piores empresas para os trabalhadores em 2024”. 

Não sabemos que critérios estarão subjacentes a essa classificação nem tão pouco o universo de Empresas considerado, mas lamentamos que a USNA chegue a uma conclusão totalmente infundada e que se nos apresenta muito mais como uma simples calúnia do que o resultado de um qualquer processo de classificação por menos científico que seja. 

Só duas razões poderão estar na origem desta consideração por parte da USNA: ou por manifesta ignorância ou por má-fé. Porque em geral consideramos que a simples calúnia não deve ser um instrumento usado por instituições que se querem credíveis e desempenham um papel imprescindível nas relações do trabalho como os Sindicatos, acreditamos que este infeliz, mas calunioso, acontecimento tenha ocorrido por ignorância. Entendemos perfeitamente que assim seja e isso decorre provavelmente da fraca representatividade dos Sindicatos nas Empresas. Com efeito, sendo o número de trabalhadores sindicalizados das Empresas visadas apenas de 5% do total de  não seria de esperar um conhecimento muito profundo da realidade por parte dos Sindicatos.  Lamentamos que assim seja, pois reconhecemos e valorizamos a inegável importância que os sindicatos têm ou devem ter. 

Entendemos, pois, que esta calúnia decorra da ignorância dos factos. Senão vejamos os argumentos apresentados. 

Refere a USNA a “inexistência de uma contratação coletiva que preveja a melhoria das condições de trabalho”.  

Entendemos que tal desconhecimento por parte de uma estrutura sindical é preocupante. Com efeito, as Empresas Selenis e Evertis (e também a nossa Empresa Renascis) são subscritoras do contrato coletivo entre a APEQ e a FETESE publicado no BTE, 1.ª Série, n.º 16, de 29 de Abril de 2007.  Cumprimos com rigor o referido contrato coletivo e até o fizemos durante os anos de assistência financeira a Portugal em que determinados direitos dos trabalhadores foram suspensos. Nós nunca os suspendemos. Quanto às matérias de melhoria de condições de trabalho, segurança e prevenção constantes do referido contrato coletivo deixamos ao critério da USNA a sua leitura. 

Também refere a USNA a “falta de investimento em equipamentos de proteção individual”.  

Não é verdade. Mas como queremos contribuir para que a USNA não volte a evidenciar de forma tão lastimável a sua completa ignorância quanto aos nossos investimentos em EPIs, podemos informar que, desde início de 2022 até Novembro do corrente ano, as empresas investiram um total de 237 mil euros apenas em equipamentos de proteção individual. Não vamos sequer recuar mais no tempo, pois durante a pandemia foram muitas as instituições de Portalegre, públicas e privadas, a beneficiarem de meios de proteção individual e testes de despistagem por nós doados que não estavam disponiveis no mercado.  

A USNA refere tambem a “falta de formação dos trabalhadores em matéria de saúde e segurança no trabalho”.  

Quanto a este argumento, mais uma vez fica evidente a lastimável falta de conhecimento da realidade. 

As Empresas, só em matéria de Saúde e Segurança, proporcionaram aos seus trabalhadores um total de 48.928 horas de formação nos últimos 3 anos.  

As Empresas estão certificadas pela norma ISO 45001 que, para quem não saiba, é o referencial internacional da existência das melhores práticas de Saúde Ocupacional e Segurança no Trabalho.  

As Empresas proporcionam na fábrica um centro de fisioterapia onde os nossos trabalhadores e reformados podem usufruir de tratamento especializado gratuito para problemas de saúde em que  a fisioterapia seja benéfica. E muitas cirurgias já foram evitadas por existir esta valência. 

Porque a saúde para estas Empresas, mesmo fora do trabalho, é importante, as Empresas proporcionam um seguro de saúde aos seus colaboradores e correspondente agregado familiar.  Atualmente beneficiam desta medida cerca de 800 pessoas.

Porque a vida para estas Empresas é importante, instalámos 3 equipamentos DAE – suporte básico de vida com desfibrilhador automático externo. Nada nos obrigava a isso mas a existência destes equipamentos pode salvar vidas perante um qualquer inesperado incidente de natureza cardíaca. E hoje, devido ás contínuas ações de formação que proporcionamos, orgulhamo-nos de afirmar que  cerca de 15% dos nossos colaboradores estão legalmente habilitados a operar estes equipamentos. 

Porque a segurança para estas Empresas é importante, temos um rigoroso plano de segurança aprovado pela ANPC. Realizamos os simulacros de incêndio que a lei nos obriga em conjunto com os Bombeiros de Portalegre. Mas porque queremos que os nossos colaboradores tenham sempre presente a cultura de segurança, realizamos também os nossos próprios simulacros. 

Temos várias outras razões pelas quais podemos demonstrar porque é ignorante dar voz a estas falsas acusações. Se estiverem interessados em ter conhecimento sobre os factos basta visitarem os nossos sites de internet e acederem aos relatórios de sustentabilidade do Grupo Económico em que nos inserimos. Os acidentes de trabalho são sempre indesejáveis e só estaremos satisfeitos no dia em que não existam nas nossas Empresas. Trabalhamos para que esse objetivo seja alcançado não nos poupando a esforços ou investimentos. 

Esclarecida (pensamos) a USNA, não podemos deixar de manifestar a nossa estupefação com a atuação da Rádio Portalegre nesta situação. Não tendo nós qualquer veleidade de criticar decisões editoriais, lamentamos que um orgão de comunicação social com a importância regional da Radio Portalegre tenha publicado estas falsas informações sem se dignar sequer auscultar junto dos visados da veracidade ou não do que publicou. O interesse jornalístico não se pode nunca sobrepor á verdade dos factos. A Radio Portalegre esteve á distância de um telefonema para evitar ser, como foi, apenas o veículo da calúnia.  

Ficam as atitudes com quem as toma. Pela nossa parte, continuaremos a trabalhar e investir para que estas Empresas continuem a ser uma referência de crescimento, emprego, desenvolvimento e inversão da perda demográfica para a nossa Região. 

Portalegre, 07/12/2024  

Direção das Empresas Selenis, Evertis e Renascis”

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