António Sarmento, director de serviço de doenças infeciosas do Hospital de São João, no Porto, e um dos mais experientes infecciologista do País, foi o primeiro a ser vacinado contra a Covid-19 em Portugal.
A vacinação arrancou este domingo, dia 27, em toda a União Europeia e nosso País a primeira dose foi administrada por volta das 10h, no Hospital de São João, sendo este um momento que traz um novo horizonte de esperança no combate à pandemia.
«Este é um momento cheio de simbolismo», disse a Ministra da Saúde, Marta Temido, no começo do processo de administração das primeiras vacinas contra a Covid-19, que chegaram a Portugal a 26 de dezembro, aos profissionais seleccionados no Hospital de São João.
A Ministra está também presente no Centro Hospitalar Universitário do Porto, e no Centro Hospitalar Universitário de Coimbra, hoje, e amanhã, dia 28, Hospital Curry Cabral (Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central) e no Hospital Santa Maria (Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte), para acompanhar o início deste processo.
Este momento «simboliza a capacidade que tivemos de trabalhar em conjunto», afirmou, referindo-se aos profissionais do Serviço Nacional de Saúde e à «componente logística do SNS, o Serviço de Utilização Comum dos Hospitais, o Infarmed, a DGS, o Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge», que garantiram «um conjunto de operações para que a vacina chegasse aos hospitais onde hoje começa o plano de vacinação».
Dentro dos hospitais, «a capacidade de os seus conselhos de administração, dos serviços farmacêuticos, dos serviços de saúde operacional, dos profissionais que, num domingo, garantiram a mais rápida utilização da vacina».
Marta Temido lembrou que «há longos meses que os profissionais do Serviço Nacional de Saúde e os profissionais de outros sectores vêm colaborando para garantir os melhores cuidados e assistência a quem deles precisa por estar infectado ou ser suspeito de ter Covid-19».
A Ministra referiu ainda «a capacidade da União Europeia de alocar meios financeiros, congregar esforços para o processo de compra conjunta e de distribuição no mesmo dia em todos os países, para que a sua administração se iniciasse no mesmo dia também».
«Evoco todos estes factos para dizer que a união nos torna mais fortes e é a única forma de ultrapassarmos as coisas difíceis que a vida nos traz», disse, acrescentando que «é muito aquilo que ainda temos por enfrentar, pelo que apelo que consigamos manter a capacidade de união, de trabalho em conjunto».
Marta Temido sublinhou que «se conseguimos chegar até aqui foi porque conseguimos caminhar juntos» e a união «será a melhor forma de sairmos desta pandemia garantindo a maior rapidez e efetividade na administração das vacinas».