A Ministra da Saúde, Marta Temido, afirmou hoje que o calendário actualizado do plano de vacinação contra a Covid-19 aponta que a primeira fase da vacinação da população portuguesa deverá começar a 27 de Dezembro com os primeiros grupos prioritários.
Numa conferência de imprensa após uma reunião entre o grupo de trabalho de coordenação do plano de vacinação contra a Covid-19, o Primeiro-Ministro António Costa e outros membros do Governo, a Ministra da Saúde destacou a possibilidade de o calendário de vacinação ser «alinhado entre todos os Estados-membros da União Europeia».
«A previsão de parecer da vacina da Pfizer tem data prevista para 21 de Dezembro e previsão de autorização de entrada no mercado condicional a 23 de Dezembro», acrescentou, salientando que a vacinação efectiva deverá começar quatro dias depois, «marcando o arranque do processo de vacinação contra a Covid-19».
A previsão do primeiro lote é de 9750 unidades que, juntamente com as 303 225 doses de Janeiro, «completam a quantidade pensada para o início de 2021. «O valor é inferior ao que inicialmente tínhamos previsto nesta campanha de vacinação na sequência de a empresa ter alterado as suas possibilidades de distribuição para todos os países europeus», disse Marta Temido.
A Ministra sublinhou também que estão previstas 429 000 doses da Pfizer em Fevereiro e 487 500 em Março, sendo que esta quantidade varia em função da população de cada país da União Europeia.
Os processos de selecção do grupo que vai ser vacinado com este primeiro lote estão a ser ultimadas e respeitarão «as prioridades clínicas que foram definidas tecnicamente». «Face à dimensão deste lote, os profissionais de saúde será os primeiros, na medida em que são os que estão na primeira linha e nos poderão ajudar melhor a proteger os restantes», afirmou.
Marta Temido reiterou que estes valores dizem respeito às doses da vacina da Pfizer, sendo que há outras quatro em processo de avaliação e que, no caso da Moderna, as primeiras doses deverão chegar durante o mês de Janeiro.
A Ministra reforçou também a mensagem de «forte atenção às medidas preventivas até que haja uma vacinação em maior escala e se conheça a efectividade da acção inerente a esta vacinação em maior escala».