Chuva e vento fortes colocam distrito sob aviso amarelo

O distrito de Portalegre está sob aviso amarelo entre hoje e amanhã devido à chuva e vento fortes e possibilidade de trovoada, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera.

Assim, segundo o IPMA, o aviso está em vigor entre e as 18h desta quinta-feira, dia 17, devido «a aguaceiros, por vezes fortes e acompanhados de trovoada». Já durante o dia de amanhã, entre as 06h e as 21h, o distrito volta a estar também alerta devido ao «vento por vezes forte com rajadas até 75 km/h, sendo até 85 km/h nas terras altas».
Esta situação será transversal a todos os distritos do continente que foram todos colocados sob o mesmo aviso na sequência da previsão, a partir de hoje, de «uma descida gradual de temperatura e aguaceiros que serão por vezes fortes e acompanhados de trovoada e afectando todo o território do continente», que vai persistir até sábado.

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«A precipitação mais intensa será mais provável a partir da manhã, evolui do litoral para o interior e pode ser acompanhada de trovoada. O vento soprará por vezes forte, em especial nas terras altas, com rajadas em particular no dia 18», refere o IPMA em comunicado, adiantando que «a temperatura irá descer gradualmente, em especial os valores máximos e mais notoriamente no dia 17, podendo atingir entre 5 e 8°C de diferença nas regiões do interior».

Segundo os meteorologistas «esta situação será causada por bandas de precipitação
associadas a uma depressão que se irá localizar a cerca de 600 quilómetros a norte da Madeira esta quinta-feira e que se irá deslocar para leste, passando a localizar-se a cerca de 200 km a sudoeste da região de Lisboa na sexta-feira».

«A evolução da depressão e da sua natureza tem vindo a ser monitorizada pelo IPMA e pelo National Hurricane Centre (NHC, responsável pela monitorização de ciclones
tropicais no Atlântico), tendo sido identificada uma probabilidade de 20% desta depressão extra-tropical se transformar numa depressão sub-tropical, isto é, adquirir algumas características que se verificam em ciclones tropicais. É de referir que, de acordo com a informação actual, esta possibilidade apenas se restringe a um período da sua trajectória sobre o mar e, portanto, sem afectar as regiões costeiras do território nacional (continente e ilhas)», reitera o IPMA.

Protecção Civil alerta para possibilidade de inundações

Face às previsões meteorológicas divulgadas pelo IPMA para as próximas 48 horas, a Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC) emitiu um aviso à população em que alerta para «a possibilidade de inundações em locais historicamente vulneráveis».

Segundo a Protecção Civil, alerta para o piso rodoviário escorregadio e eventual formação de lençóis de água, possibilidade de cheias rápidas em meio urbano e de inundação por transbordo de linhas de água nas zonas historicamente mais vulneráveis, bem como de estruturas urbanas subterrâneas com deficiências de drenagem, ou ainda danos em estruturas montadas ou suspensas, dificuldades de drenagem em sistemas urbanos, possibilidade de queda de ramos ou árvores em virtude de vento mais forte e possíveis acidentes na orla costeira.

Desta forma, a ANEPC relembra que «o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, através da adopção de comportamentos adequados, pelo que, e em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, se recomenda a observação e divulgação das principais medidas de autoprotecção para estas situações», como garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objectos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas, adoptar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível formação de lençóis de água nas vias, não atravessar zonas inundadas, garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas, ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, bem como na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros e não praticar actividades relacionadas com o mar.

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