Câmara do Crato quer devolver Castelo à população

O presidente da Câmara do Crato, Joaquim Diogo, defende que o Castelo do Crato «tem de voltar à posse do Município ou do Estado» por forma a devolver este património à população do concelho.

O autarca, que falava durante a inauguração da exposição “Um Castelo no Crato, do mito à utopia”, que estará patente até ao dia 20 de Setembro no Museu Municipal, sublinhou a forma como a sua equipa, durante o mandato que lidera, «tem assumido aquilo que ninguém quis assumir no passado» referindo-se à posse do castelo, que, segundo explica o Município em comunicado, «foi cedido à Fundação Castelo do Crato nos anos 90 do século passado, encontrando-se ao abandono e em avançado estado de degradação».

Também presente na sessão de inauguração, a Directora Regional da Cultura do Alentejo, Ana Paula Amendoeira, reafirmou a importância da devolução do Castelo à gestão pública e à vida da vila do Crato. A responsável da cultura no Alentejo disponibilizou-se para auxiliar o município na recuperação da Castelo e destacou que só com «trabalho, investigação e conhecimento este projecto poderá ver luz novamente».

A exposição temporária “Um Castelo no Crato, do mito à utopia” procura transportar os seus visitantes numa viagem para descobrir novas perspectivas de abordagem sobre as origens do Castelo, as motivações da sua construção e a forma como, uma vez arruinado, se transformou na construção utópica que hoje está à vista de todos.

Na sessão de inauguração da exposição, ocorrida esta terça-feira, dia 28, contou com um número reduzido de convidados por motivos sanitários, que foram recebidos pelo director do Museu Municipal do Crato, Jorge Rodrigues, que na sua introdução referiu que o objectivo desta exposição «é aproximar habitantes do concelho do Crato ao seu castelo, ajudando-os a compreender melhor a sua história e como chegou à situação em que está neste momento, sem intenção de criticar ou julgar ninguém mas sim engrandecer e dignificar a sua condição de monumento nacional».

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