“É habitual os partidos de governos colocarem ministros a cabeças de lista nos distritos. Até que ponto isto vai de facto beneficiar um distrito?”

A questão foi-me colocada e concordei que temos assistido a isso em permanência. O deputado eleito, sendo governante, olha com ‘outra’ atenção o distrito que o elegeu.

Este governante tem um conhecimento privilegiado da realidade desse território. Também os cidadãos, as empresas, os autarcas desse distrito passam a ter um canal privilegiado para as decisões do governo.

Terá que se perguntar: até que ponto deve um governante dar um benefício e atenção especiais a um distrito pelo qual foi eleito deputado?

Não me sinto tentado a analisar a bondade desta realidade. Desde que feito no estrito respeito pelas leis e regras, inclusive éticas, acho compreensível e aceitável a opção de um lado e do outro. E, não obstante isso, acontece, na maioria dos casos que conhecemos, que a decisão é muito justa. Mesmo tendo sido tomada pela razão desse conhecimento pessoal. Ou conhecimento privilegiado por parte dos cidadãos.

Ouvi há dias um ex-governante de pergaminhos reconhecidos, dizer que o ‘bolo’ (leia-se Orçamento do estado) é o mesmo. Não cresce. Compete a cada governante apoiar este ou aquele investimento.

É a democracia a funcionar. Afinal, o povo é quem mais ordena. No momento de escolher a quem entrega o seu voto. E nesse momento, todos somos tentados a escolher o que mais nos beneficia e ou às terras que amamos.

Publicidade