O Acidente Vascular Cerebral (AVC) continua a ser a principal causa de morte e incapacidade em Portugal. A Portugal AVC – União de Sobreviventes, Familiares e Amigos alerta para a importância da reabilitação e integração, também profissional, após o AVC, até como forma de minimizar a perda de qualidade de vida dos sobreviventes, seus familiares e cuidadores.
Estudos recentes apontam já que 30% dos Acidentes Vasculares Cerebrais atingem pessoas que estão em idade cativa, tendo que interromper a sua actividade profissional. Este alerta surge no âmbito do Dia Nacional do Doente com AVC, que se assinala no dia 31 de Março.
Todos os anos, registam-se cerca de 25 mil episódios de AVC, em Portugal. Além da urgência no tratamento adequado, a recuperação e qualidade de vida após um AVC dependem de acesso a cuidados de reabilitação adequados e atempados. No entanto, em Portugal continuam a registar-se grandes disparidades neste aspecto, e sobreviventes e famílias enfrentam muito frequentemente dificuldades no acesso a estes serviços, tornando essencial reforçar o apoio nesta área.
«É urgente que se olhe para o retorno ao trabalho como muito importante para estas pessoas, mesmo que guardem sequelas, visíveis ou não. Mas é fundamental que instrumentos como a possibilidade de este regresso ser gradual, o acompanhamento por uma equipa especializada multidisciplinar ou a formação adequada que se torne necessária, possam existir», afirma António Conceição, presidente da Portugal AVC, que acrescenta ainda que «até em termos de vantagens para a sociedade e o Estado, é evidente: poder continuar a ser contribuinte activo, em vez de mais um peso para a Segurança Social».
Esta preocupação com a falta de percepção da importância deste tema, absolutamente fundamental, levou a associação Portugal AVC a lançar um Prémio de Jornalismo, uma iniciativa da Associação com o apoio da AbbVie, que já conta na sua 3ª edição, que espera incentivar a produção de conteúdos que promovam a sensibilização, quer para o impacto do AVC, quer para a importância da reabilitação e reintegração dos sobreviventes, contribuindo para uma sociedade mais informada e inclusiva.
Com esta iniciativa, a Portugal AVC reforça a importância de informar a sociedade sobre o AVC, incentivando a produção de conteúdos jornalísticos de qualidade sobre esta temática.
Para sublinhar a importância desta data, na sequência de repto lançado aos municípios, vários edifícios muito significativos em todo o País vão ser iluminados de púrpura, a cor europeia dos sobreviventes de AVC.
A Portugal AVC – União de Sobreviventes, Familiares e Amigos é uma IPSS, ONGPD e Associação de Defesa dos Utentes de Saúde, e tem por objectivo a promoção de iniciativas que visem, por um lado, contribuir para a resposta às necessidades sentidas pelas pessoas com AVC, seus familiares e cuidadores, e por outro, contribuir para a prevenção do Acidente Vascular Cerebral e suas consequências, de forma a minimizar a morbilidade e mortalidade associadas a este.
Para mais informações, visite www.portugalavc.pt. Siga a associação no Facebook ou Instagram.