Costa “despede” Vítor Caldeira

O portalegrense Vítor Caldeira, considerado o melhor presidente do Tribunal de Contas Europeu, e o único que até hoje fez dois mandatos em tão importante cargo, foi “despedido” por telefone no final do seu primeiro mandato como presidente do Tribunal de Contas português.

Apesar de repetidamente ter solicitado reuniões e depois formalmente audiência ao primeiro-Ministro, o presidente do Tribunal de Contas não obteve qualquer resposta, noticiando a sábado que acabou por ser informado telefonicamente que será apresentado outro nome à Assembleia da República para ocupar o cargo de extrema importância.

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A Sábado cita diversos juízes que apontam «desrespeito pelo Tribunal Contas e «falta de cortesia» típica de António Costa para lidar com a situação, considerando mesmo que Vítor Caldeira foi «vítima da sua própria independência».

Parece evidente que António Costa optou por se livrar de alguém que não lhe faz as vontades.

Recorde-se que Vítor Manuel da Silva Caldeira nasceu acidentalmente em Campo Maior em 1960, onde sua mãe era na ocasião funcionária dos Correios, profissão que desempenhou quase toda a vida em Portalegre.

Vítor Caldeira cresceu em Portalegre e aqui completou o Liceu. Licenciou-se em Direito e seguiu carreira nas Finanças, mais concretamente na Inspecção Geral.

É casado com uma portalegrense e passa temporadas em Marvão, onde reside parte da família da esposa.

O Juiz Conselheiro Vítor Caldeira ingressou como juiz do Tribunal de Contas Europeu em 2000, tendo sido eleito presidente em 2008 e reeleito em 2011 e em 2014, não tendo completando este mandato para assumir a presidência do Tribunal de Contas português em 2016.

Refira-se que nunca um presidente do Tribunal de Contas Europeu havia sido reeleito até então, o que diz bem da avaliação de desempenho de Vítor Caldeira num dos mais importantes cargos da União Europeia, onde era igualmente presidente do Comité Administrativo.

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