Em 2015 fui eleito deputado pela primeira vez e em circunstâncias bem distintas daquelas que vivemos hoje.
Quando, no decurso dessas eleições, o PS assumiu o governo do país, o Distrito de Portalegre encontrava-se numa situação de total abandono, por parte das instâncias políticas.
A verdade é que os territórios do interior e em especial o Alto Alentejo, desde há muito, sofrem com o desinvestimento constante.
Mas essa realidade não pode, em tempo algum, ser vista como uma fatalidade. Antes pelo contrário, tem de ser o motivo para se fazer aquilo que houver para fazer.
O que é certo é que, desde 2015 até 2021, empreendemos uma agenda de investimento público que permitiu iniciar um caminho de recuperação da nossa região.
E fomos nós, primeiro eu sozinho na Assembleia da República, mas sempre com a companhia dos presidentes de Câmara do PS e a partir de 2019 com Ricardo Pinheiro, como deputado e a seguir como Secretário de Estado.
Fomos nós que garantimos a decisão política da construção da Barragem do Pisão e a sua fonte de financiamento.
Fomos nós que garantimos a construção da nova Escola da GNR, a consignação das verbas para a sua construção e o financiamento do Município de Portalegre para a infraestruturação do terreno.
Fomos nós que garantimos os mais de 40 milhões de euros para que a Unidade Local de Saúde fizesse todos os investimentos, uns já terminados, outros em curso, dos quais destaco a nova Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital de Portalegre, que será uma referência nacional.
Fomos nós que garantimos um investimento privado na Coudelaria de Alter, através do Programa Revive e que permitiu a reabilitação daquele espaço tão emblemático.
Fomos nós que inscrevemos a eletrificação da Linha do Leste no Plano Ferroviário Nacional e o estudo para a aproximação a Portalegre da estação ferroviária.
Fomos nós que inscrevemos a ligação IC13/IC9 até à A23 no Plano Nacional de Infraestruturas.
Fomos nós que lançámos o investimento de Regadio no Rio Xévora.
Fomos nós que fizemos a obra para se voltar a abrir a Pousada da Juventude, que outros tinha fechado.
Fomos nós que possibilitámos a reabilitação da Sé de Portalegre, porque desbloqueámos o financiamento que andava soluçante, num processo conturbado.
Hoje, quando me volto a candidatar a um lugar que já ocupei, faço-o com o sentido da missão que foi interrompida por um ano de governo do PSD.
Volto para fazer parte das ações concretas que permitam que esta terra volte a ter esperança e a ser tratada em condições de igualdade.
Volto porque ainda há muito por fazer, na competitividade económica, nas ligações rodo e ferroviárias, na saúde, na cultura e no ambiente.
Volto, para que daqui a quatro anos possa escrever aquilo que fiz, por uma terra que todos temos obrigação de defender, mas só os que de cá são podemos chamar “A nossa Casa”.