Embora o foco deste artigo de opinião seja a nível local, é de enfatizar a carência cultural na área da literacia financeira no país em geral, problema que se reflete em toda uma sociedade. 

Com o passar do tempo, os meus ideais vão, cada vez mais, de encontro ao tema abordado por Robert Kiyuzaki, na obra “PAI RICO, PAI POBRE”, onde este autor reflete sobre a forma como o sistema de ensino educa as pessoas a trabalhar pelo dinheiro, mas não lhes mostra como podem atingir a liberdade financeira, gerando riqueza. 

A ambivalência que o próprio título da obra transmite, juntamente com os ensinamentos descritos, marcaram positivamente aquilo que sou hoje, alterando a forma como olho para o dinheiro e o gestiono. 

Neste contexto, deixo em destaque uma frase, que profiro àqueles que querem seguir este exemplo: “A literacia financeira não é a fórmula mágica para que nos tornemos milionários, mas é uma ferramenta para o futuro, que nos ensina que devemos ter controlo sobre o dinheiro e não o dinheiro sobre nós. Quando adquirimos esta sabedoria, tornamo-nos mais responsáveis e cientes sobre aquilo que é o dinheiro.” 

No que diz respeito à política local, considero que as Câmaras Municipais possuem a legitimidade e o dever de incluir nos estabelecimentos de ensino atividades/disciplinas que abordem esta temática, de forma a que os jovens de hoje se tornem os adultos conscientes e informados do amanhã. Cada vez mais esta área tem vindo a ser abordada nas escolas, o que é de louvar, ainda que de forma superficial. 

Seria, então, uma mais-valia abrir portas a que algumas entidades de formação externas, dedicadas a finanças pessoais, pudessem dar o seu contributo nas escolas. A entidade Doutor Finanças, da qual sou seguidor assíduo, possui vários workshops com bastante potencial educativo, cujo conteúdo elucidaria muitas mentes brilhantes, que talvez necessitem apenas deste “boost” para chegar longe. 

Finalizo, apelando a todos para que dêem o primeiro passo: reforçar junto das Autarquias locais a importância da literacia financeira nas escolas, sendo esta uma aposta de interesse comum, uma vez que inserir esta temática no plano curricular seria igualar o acesso à informação para todos, ressaltando a equidade de oportunidades futuras neste âmbito.

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