Opinião: Um ciclo de desenvolvimento para o Alto Alentejo

Artigo de Opinião de Manuel Castro Almeida, Cabeça de lista da AD – Coligação PSD/CDS pelo círculo eleitoral de Portalegre nas eleições legislativas 2025

Não sou do Alto Alentejo.

Não se pertence a um lugar apenas por herança. Também se pertence por escolha. Pela vontade de fazer parte. Vontade de contribuir. Vontade de estar onde mais importa.

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Portalegre é o distrito que mais justifica o reforço da coesão nacional.

Portalegre é o distrito mais desertificado e mais esquecido do país. O que mais sente a falta de oportunidades e que, durante demasiado tempo, esteve longe das prioridades políticas nacionais.

Não sou do Alto Alentejo.

Mas tenho sido o representante do país interior, dos territórios de baixa densidade, das regiões que têm dificuldade em captar investimento, em criar emprego, em fixar jovens e em atrair pessoas.

Escolhi o Alto Alentejo. Sou candidato à Assembleia da República pelo distrito de Portalegre.

Escolhi com respeito. Por compromisso com uma comunidade que sabe o valor do trabalho duro e da palavra dada.

Nas últimas décadas, o distrito de Portalegre perdeu população, serviços e oportunidades. A desertificação avançou. Os jovens partiram e os mais velhos ficaram — com menos apoios, menos transportes, menos respostas. Mas ficaram. E com eles fica a identidade deste território: a ligação à terra, à família, à memória. O orgulho de ser daqui.Aqui, o silêncio diz muito. Aqui, o tempo tem outro ritmo — mas é nesse ritmo que se sente a urgência de agir.

Há muito por fazer no Alto Alentejo. Os problemas estruturais foram-se acumulando sem respostas à altura.

A principal questão estratégica é a reversão do despovoamento e a forma de o conseguir são políticas públicas que tornem mais favorável a abertura de empresas nestes concelhos, ao invés do litoral.

Só com emprego qualificado se alcançam saldos demográficos positivos.

Foi por esta razão que, em 2024, foi implementado diferenciar em 20 pontos percentuais as verbas europeias a fundo perdido que apoiam o investimento empresarial no interior. Hoje, uma unidade industrial que invista dez milhões de euros no litoral terá como limite máximo de apoio 30% de verbas europeias – três milhões. Porém, se esse investimento for feito no interior, o apoio ascenderá a 50% (o máximo permitido por Bruxelas): cinco milhões.

Portalegre é o único distrito cuja capital não é servida por uma autoestrada. Como também é o único distrito que não tem qualquer deputado na Assembleia da República eleito pelo PSD. Vamos ter de mudar estas duas particularidades do distrito de Portalegre.

Não me esquecerei também de um domínio que ensombra o quotidiano dos concelhos deste distrito – a Saúde. Os governos não podem ter tabus na escolha das melhores soluções para as populações, devendo por isso recorrer a todas as alianças que proporcionem melhores cuidados de saúde. Sempre na defesa do serviço nacional de saúde.

É este o compromisso que tenho com o distrito de Portalegre: ajudar a pôr em prática uma estratégia nacional que crie riqueza, trazer a região para a linha da frente das decisões políticas e garantir que todos os ministros do próximo Governo olhem para Portalegre com a urgência que o território exige.

A minha candidatura éum compromisso de trabalho, juntamente com uma equipa de grande qualidade e enorme potencial,para o desenvolvimento do distrito, com quem cá vive e com quem gostaria de voltar.

Escolhi o Alto Alentejo. Não para prometer tudo, mas para garantir que não fica tudo na mesma.

Não sou do Alto Alentejo.Sou de todas as regiões e sou do povo. Sou do meu País e o Alto Alentejo também é o meu país.

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