Volvidos 10 anos do início do Programa Operacional Regional Alentejo 2020, a Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo (CIMAA) assinalou de forma simbólica o balanço da implementação dos investimentos efectuados pelos municípios e pela própria CIMAA no território Alto Alentejo e a forma como os mesmos impactaram positivamente a região.
Hugo Hilário, presidente do Conselho Intermunicipal da CIMAA, destacou a importância do Portugal2020 e Alentejo2020 e a elevada taxa de execução registada no Alto Alentejo, que chega aos 120.96%, com um valor contratualizado de 37 milhões de euros. «Este sucesso é o resultado do compromisso e da colaboração entre os diversos parceiros envolvidos no processo de implementação de projetos estratégicos na região, com especial enfoque para as abordagens territoriais no âmbito das Câmaras Municipais e das Comunidades Intermunicipais. Esta concertação entre várias entidades tem um significado não só do ponto de vista material, mas também do ponto de vista prático. É um sinal do que podemos alcançar se estivermos unidos em torno do mesmo objetivo: o desenvolvimento do Alto Alentejo», sublinhou.
Durante a sessão, que decorreu no auditório da CIMAA sob o olhar atento de autarcas e técnicos dos Municípios, membros da Assembleia Intermunicipal e do Conselho Estratégico para o Desenvolvimento Intermunicipal, foram apresentados os vídeos da iniciativa “10 Anos, 10 Projetos”. Esta iniciativa teve como objectivo percorrer cada um dos 15 municípios do Alto Alentejo e, através de vídeo, evidenciar os principais projectos desenvolvidos em cada um e a forma como a utilização estratégica dos fundos comunitários transformou o nosso território, a qualidade de vida das nossas populações, quer através da execução de obra física, quer de projectos imateriais de preservação da natureza, promoção do turismo ou do sucesso escolar, bem como perpetuar na memória coletiva o quanto o nosso Alto Alentejo «mudou para melhor nos últimos 10 anos».
Apresentados os vídeos, Luís Loures, presidente do Instituto Politécnico de Portalegre, alertou para o facto de, num futuro muito próximo, «a utilização dos fundos estruturais ser cada vez mais criteriosa e exigir a todos os agentes do território uma estratégia mais eficiente» cujo impacto dos fundos permita minimizar definitivamente as assimetrias do território e o problema da demografia.
António Ceia da Silva, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDR-A), encerrou a sessão destacando os resultados positivos obtidos, sem esquecer o novo Programa Operacional Regional Alentejo2030, «no qual mais oportunidades irão surgir, em vários sectores, e que, bem aproveitadas, contribuirão certamente para dar continuidade ao trabalho de capacitação do território», com o objectivo de tornar o Alto Alentejo num «território ainda mais competitivo e coeso, resiliente e capaz de debelar os constrangimentos da interioridade».