FEPODABES faz entrega da petição na Assembleia da República sobre o direito ao dia para dar sangue

Imagem de Arquivo

“Pelo direito dos Dadores de Sangue se ausentarem da sua actividade profissional no dia da sua dadiva de sangue”. É este o mote da petição publica que a Federação Portuguesa de Dadores Benévolos de Sangue (FEPODABES) entregou na Assembleia da República, na pessoa da Vice-Presidente da AR, a deputada Teresa Morais.

Com o intuito de ver o assunto ser debatido em plenário, a FEPODABES levou a efeito em conjunto com as Associações /Grupos e Núcleos de Dadores de sangue a recolha das assinaturas.

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«Os dadores são indispensáveis para dar resposta às necessidades de sangue do sistema de saúde. São necessárias cerca de mil unidades de sangue todos os dias, sendo necessária a mobilização de toda a sociedade para a dádiva», refere Alberto Mota Presidente da Federação.

Ora, a esmagadora maioria da recolha de sangue efectuada nos hospitais, bem como a generalidade das acções realizadas pelo Instituto Português do Sangue da Transplantação é efectuada em horário laboral, impossibilitando que muitos cidadãos possam fazer a sua dádiva. «Existe aqui uma incoerência incompreensível», refere a FEPODABES, pois o Estatuto do Dador de Sangue (aprovado pela própria Assembleia da República através da Lei nº 37/2012, de 27 de Agosto) refere o dever cívico de todo o cidadão saudável contribuir para a satisfação das necessidades de sangue da comunidade, bem como considera-se o dador convocado para nova doação desde que decorrido o intervalo mínimo fixado entre as dádivas.

 «Não se compreende, assim, o total alheamento dos partidos e decisores políticos face à resolução dos problemas que afectam os dadores de sangue. Nesse sentido, a FEPODABES entende a necessidade urgente de alterar o Estatuto do Dador de Sangue, com vista à reposição do direito aos dadores de sangue de se ausentarem das suas actividades profissionais para doar sangue (direito ao dia, retirado em 2011)», acrescenta Alberto Mota

«Esta é uma medida absolutamente necessária para aumentar o número de dadores regulares, diariamente e diminuindo assim as carências de sangue a nível nacional, carências essas que ocorrem com demasiada frequência, como é aliás público e notório. É também uma forma de, com uma decisão política concreta e objectiva, passar das palavras aos actos valorizar e reconhecer o verdadeiramente o papel dos dadores benévolos de sangue», refere o presidente da FEPODABES.

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