Lar das Carreiras inaugura Residência de Cuidados de Saúde Mental

Uma Residência de Apoio Moderado de Cuidados Integrados de Saúde Mental vai abrir, ocupando o espaço previamente concebido quando da construção do Lar da Terceira Idade das Carreiras.

O investimento é na ordem dos 800 mil euros, só existem cinco unidades do género no País, vai acolher 10 utentes e faz aumentar o número de postos de trabalho na instituição.

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Assim que for inaugurada na tarde desta quinta-feira, dia 9,  pela ministra da Coesão, Ana Abrunhosa, de imediato abrirá portas, explica o presidente da Associação dos Amigos da Terceira Idade das Carreiras, Alfredo Nunes, obreiro da grande instituição que é o Lar e agora da Residência de Apoio Moderado de Cuidados Integrados de Saúde Mental construída no espaço que estava disponível no segundo piso do modelar edifício, e concebido desde início para ali ser instalada uma unidade independente, criando sinergias com a estrutura existente.

Está tudo concluído e falta apenas um documento para que Residência possa começar a funcionar, sendo os utentes colocados pela Rede de Cuidados Continuados.

Esses utentes são pessoas com problemas mas «já estabilizadas em termos de saúde mental, aqui colocadas para treino para reintegração na vida social», explica Alfredo Nunes.

A instalação conta com espaço exterior, copa, salas de convívio e de actividades, gabinetes médicos, gabinetes administrativos, várias casas de banho e dependências de apoio, quatro quartos duplos e dois individuais.

Ainda que com supervisão, são os próprios doentes que tratam da arrumação e limpeza dos seus quartos, da limpeza e arrumação da loiça, etc., tendo autonomia para usar o frigorífico e o micro-ondas como parte do seu processo de treino e reabilitação.

Para além disso irá haver protocolos de formação com o IEFP para obterem formação com o objectivo de adquirem competências para se tornarem autónomos em termos económicos e fará parte do processo de ressocialização as idas ao café, ao supermercado e o convívio social.

A instalação da Residência implicou uma parceria com o Serviço de Psiquiatria do Hospital Doutor José Maria Grande em todo o processo e contou com um grande apoio por parte da ARS e da Unidade Local de Saúde, sublinha Alfredo Nunes.

O funcionamento da Residência é apoiado por vários especialistas, ainda que a tempo parcial, desde enfermeiro, técnico de reabilitação, assistente social e psicólogo, para além de mais cinco auxiliares e ajudantes de acção directa, num total de nove pessoas

A nível do País só há cinco instituições deste tipo, entre elas a do Telhal, a de S. João de Deus em Montemor-o-Novo e uma em Condeixa.

Desde a concepção do projecto inicial que esta área foi planificada para receber uma valência independente e na altura foi previsto avançar com um centro de cuidados de média duração para 20 pessoas, explica Alfredo Munes, no entanto a ARS acabou por dar o parecer que tal já não era necessário porque havia camas suficientes no Distrito.

Entretanto e como existia o espaço, «fomos à banca e fizemos este investimento», explica o presidente da instituição que anota que depois «assegurámos o apoio do 2020» e assim surge agora este equipamento que foi apoiado a 85% num investimento de 800 mil euros. 

O investimento total no edifício equipamento é na ordem dos três milhões de euros.

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