Ordem dos Médicos alerta para constrangimentos na Urgência de Cirurgia do Hospital de Portalegre

Todos os elementos do Serviço de Cirurgia Geral do Hospital de Portalegre apresentaram a sua indisponibilidade para realizar mais horas extraordinárias este ano, numa tomada de posição que se traduz um «forte constrangimento» ao funcionamento deste serviço, informou esta segunda-feira, dia 16, o Conselho Sub-regional de Portalegre da Ordem dos Médicos.

«Esta medida teve efeito no fim-de-semana, dia 14 de Outubro, traduzindo-se num forte constrangimento no Serviço de Urgência do Hospital de Portalegre, especificamente para doentes que necessitem de observação pela especialidade de Cirurgia Geral, levando forçosamente à transferência de muitos doentes para outras unidades hospitalares», refere o Conselho Sub-regional de Portalegre da OM em comunicado.

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«Consideramos importante informar a população do distrito de Portalegre para a eventualidade desta limitação no Serviço de Urgência, devendo procurar outra unidade hospitalar nos dias de constrangimento, seguindo as   instruções das autoridades», lê-se ainda no documento.

A OM adianta que os médicos de Cirurgia do Hospital de Portalegre «já ultrapassaram há muito as 150 horas extraordinárias, tendo todos eles muitas centenas e até cerca de 1000 horas extraordinárias realizadas até à data», motivo pelo qual tomaram a decisão de recusa em efectuar mais horas extraordinárias, pois, «como facilmente se depreende, o Serviço Nacional de Saúde, mais especificamente as urgências hospitalares, não podem continuar a funcionar com base num regime de prestação de trabalho que exige a médicos que trabalhem mais quatro meses num ano».

O Conselho Sub-regional de Portalegre da Ordem dos Médicos apela ainda ao Ministério da Saúde e ao Primeiro-Ministro para «que se faça um esforço negocial efectivo que leve a uma aproximação das exigências sindicais, abandonando tomadas de posição unilaterais, e que permita desbloquear esta situação, antes que tenhamos de lamentar consequências irreparáveis para a população».

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