“Fundos estruturais e financiamento público no Alentejo. Como, para quê e para quem?” foi o tema do colóquio realizado na quinta-feira, dia 22, ao final da tarde, no parque Black Pig-Vila do Gin, em Santiago o Cacém, integrado numa série de debates que o movimento pró-regionalização AMAlentejo vai promover em vários locais da região alentejana com o título genérico “tal tás, Alentejo?”
A abertura do debate ficou a cargo do presidente da Câmara de Santiago do Cacém que, depois das boas-vindas, sublinhou aquele que é um dos obstáculos com que se confronta a região, desta feita a diminuição da população.


Como convidados estiveram o economista e empresário António Costa da Silva e o geógrafo e vice-presidente do CEDRU – Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional e Urbano, Luís Carvalho, que acabariam por pegar no mote do autarca e explanarem visões diversas sobre a desertificação humana que afecta o Alentejo, de um modo geral.
O debate, moderado pelo economista Josué Caldeira, permitiu abordar os caminhos possíveis para levar ao destino os fundos estruturais, numa região em que a população tem vindo a diminuir, pese embora o saldo esteja mais equilibrado do que já esteve, principalmente devido à imigração.
As apostas na descarbonização e na digitalização, definidas a nível central, foram também abordadas, mas na perspectiva de um território que, embora sendo um terço de Portugal, já baixou dos 500 mil habitantes.
Constatou-se também que o Alentejo é uma região de excelência e vista de fora como tal, em perspectivas como o ambiente, a paisagem ou a cultura, mas também da necessidade de melhorar outros indicadores e criar condições para um desenvolvimento que ainda não atingiu os patamares desejados, pese embora o reconhecimento geral da melhoria da qualidade de vida das populações.
A série de colóquios de AMAlentejo “tal tás, ALENTEJO?” prossegue no dia 6 de Julho em Portalegre, onde será debatido justamente o desafio demográfico do Alentejo.