O Ministério Público (MP) pediu em julgamento, realizado na segunda-feira, a condenação do oficial da GNR envolvido no caso “Red Man” por crimes de abuso de autoridade e ofensa à integridade física, tendo a defesa solicitado a absolvição do arguido.
Segundo avança a SIC, nas alegações finais, a procuradora considerou que os elementos de prova revelam que o então instrutor da prova “Red Man”, João Semedo, agiu de forma «ilícita», tendo provocado lesões e ferimentos em seis instruendos, mas aceitou que a pena a aplicar seja suspensa, enquanto o advogado de defesa, Ricardo Serrano Vieira, apresentou vários argumentos e prova testemunhal para sustentar a «não aplicação de qualquer sanção penal» ao seu constituinte.
O colectivo de juízes decidiu marcar a leitura do acórdão para 15 de Novembro.
Este caso, que corresponde ao período entre 1 de Outubro e 9 de Novembro de 2018, ocorreu no Centro de Formação da GNR de Portalegre, e envolveu um treino chamado “Red Man” durante o qual vários candidatos a guardas terão ficado feridos, na sequência das «violentas agressões» realizadas durante o exercício, as quais «provocaram graves lesões, obrigando a internamentos hospitalares e a intervenções cirúrgicas. Houve formandos que perderam os sentidos e ficaram com mazelas oculares. Correram sério risco de perder a visão», segundo relatou à época o JN que tornou público o caso.