The Lucky Duckies estreia-se em Portalegre com concerto no CAEP

A banda The Lucky Duckies vai actuar pela primeira vez em Portalegre, num grande concerto que decorre no próximo sábado, dia 6, no grande auditório do Centro de Artes do Espectáculo de Portalegre (CAEP).

The Lucky Duckies são a mais mediática banda de vintage swing & rock’n’roll em Portugal. Comemoraram recentemente os seus 35 Anos de carreira com concertos nos Coliseus de Lisboa e Porto. A RTP transmitiu por duas vezes o espectáculo na capital. Devido à grande qualidade da captura de som, os aficcionados em vinil pediram que se editasse um LP com as faixas daí extraídas.

A banda vai trazer ao CAE Portalegre uma abordagem única aos clássicos dos anos 30, 40, 50 e 60 do Séc. XX, bem como alguns originais com genética da época.

Antes de pisar o palco do grande auditório do CAEP, a banda concedeu uma entrevista ao nosso jornal.  

Alto Alentejo: Quando e onde surgiram os Lucky Duckies? E porquê este nome?

Lucky Duckies: Os Lucky Duckies surgiram em 1987 na zona da Grande Lisboa, propriamente na cidade de Póvoa de Santa Iria, no concelho de Vila Franca de Xira. Inicialmente chamavam-se os “Promúsica”, nome dado por Nuno Duarte, um dos co-fundadores da banda com o seu vocalista Marco António. Este nome era porque estes jovens, com uma inocente presunção típica da tenra idade, achavam que já tocavam clássicos do jazz e do rock’n’roll de forma muito profissional e também porque tinham ido ao programa “Estúdio 4” da RTP1 num tempo em que só havia dois canais de televisão com as cores ainda pintadas de fresco (só surgiu no início dos Anos 80). Mas passado um ano a mãe do Marco disse-lhe: “Ó filho, esse nome não é muito atraente para um grupo musical de putos giros do rock’n’Roll”. Ora, o Marco tinha acabado de ler um livro sobre os Anos 50 no qual vinha referido que o Elvis Presley e outros rockers usavam um penteado denominado “duck tail” (cauda de pato) e que um “ducky” era idiomaticamente umas “poupinhas”, um rapaz com poupa.

A.A.: Como têm sido estes 35 anos de carreira?

L.D.: Têm sido intensos! Começámos a ensaiar no Grémio Dramático Povoense onde davam alguns concertos intimistas pro bono para pagar a renda da sala de ensaios. E eis que no dia 25 de Abril de 1987 a banda tocou pela primeira vez com um cachet atribuído à percentagem de porta e que rendeu cinco contos a cada um dos cinco elementos da banda. Na altura não era nada mau para principiantes! Rapidamente fomos catapultados para os melhores bares de música ao vivo e melhores hotéis da capital. Daqui para os cruzeiros de luxo foi um instantinho. 

Em 1998 fomos convidados a dar 10 concertos no palco 4 da Expo ’98, dando também um na Praça Sony para substituir uma banda romena de gipsy jazz que falhou a presença por questões de atrasos dos voos. Foi uma oportunidade incrível de visibilidade!

No início da década de 2000 a banda foi convidada a actuar durante meia hora canções dos filmes musicais clássicos aquando da reinauguração do Auditório Municipal Eunice Muñoz com um equipamento novo de projecção de cinema e com som dolby-surround com o filme “Singing In The Rain”. Foi aqui que se percebeu que havia um mercado cultural promovido pelos municípios e que as suas performances se adequavam muito bem tanto indoor como outdoor. Foi também nesta altura que entrou para a banda a cantora Cláudia Faria como convidada especial. Rapidamente se tornou um membro efetivo da banda e uma grande mais-valia.

Percorremos quase todos os municípios de Portugal e muitos em Espanha também. Também se pode dizer que literalmente já percorreram os Sete Mares e os Cinco Continentes.

A.A.: E o que nos podem dizer sobre a obra discográfica?

L.D.: Desde o início da carreira fizemos sessões de gravação em estúdio para termos material para levar a programas de televisão e de rádio. Mas só em 2010 assumimos que queríamos editar um álbum, e assim foi! Gravamos clássicos reorquestrados e intercalados com originaiss. Editámos o “Glamour & Nostalgia – Part One”. Em 2012 lançámos o “Part Two”, em 2015 o DVD ao Vivo no Centro Cultural Olga Cadaval (Sintra) em parceria com a RTP. Lançámos em 2016 “Na Língua de Camões-Parte Primeira”; em 2017 a colectânea “Greatest Hits – 30 Years”; em 2018 surgiu o álbum natalício “Lucky Christmas”; e depois da “pandemia” gravamos o concerto comemorativo dos 35 anos de carreira no Coliseu de Lisboa fazendo sair um LP em vinil no Natal de 2023 com reedição em Abril de 2024. Todos os seus álbuns encontram-se disponíveis online em streaming nas plataformas digitais de áudio e no Youtube.

A.A.: Este será o concerto de estreia em Portalegre…

L.D.: De facto já actuámos algumas vezes em municípios do distrito de Portalegre, mas nunca na sua capital! Podemos referir que foi o facto de a senhora presidente da Câmara Municipal de Portalegre, Dra. Fermelinda, já ter sido autarca de Arronches e assim já ter conhecido o impacto desta banda no público, que levou à efectivação deste concerto. Isto porque o vocalista Marco António, que acumula as funções de manager da banda, fez uma visita surpresa de “caixeiro viajante”, passado uma década, aos Gabinetes da Presidência e da Vereação da Cultura, fazendo uma demonstração de alguns vídeos que logo criaram entusiasmo e uma vontade de ter a banda pela primeira vez no CAEP, casa de cultura que há muito ambicionava, mas as agendas de ambos nunca tinham coincidido em disponibilidade! Pronto…e foi desta! Dia 6 de Abril os LUCKY DUCKIES estreiam-se em Portalegre.

Ganhe bilhetes com o Alto Alentejo

Para se habilitar a um bilhete duplo para este espectáculo basta enviar a sua resposta à pergunta que se segue, para: altoalentejo.publicidade@gmail.com, identificada com o nome e contacto, até às 12h de 05/04/2024:

> The Lucky Dukies actuaram quantas vezes em Portalegre?

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