Portalegrenses Pedro e André Serrote na selecção nacional de basquetebol dos Jogos Mundiais Special Olympics

Os portalegrenses Pedro e André Serrote foram selecionados para integrar a selecção nacional que irá disputar os Jogos Mundiais Special Olympics, que são considerados «o maior evento mundial de desporto adaptado» destinado aos atletas com deficiência intelectual.

Portugal irá participar com 39 atletas, de oito modalidades, na competição que se realiza entre 17 e 25 de Junho em Berlim, na Alemanha, e os dois atletas portalegrenses, que são utentes da CerciPortalegre, irão participar na modalidade de basquetebol, tendo sido dois dos 10 escolhidos a nível nacional, sendo este um feito que merece o orgulho da cidade, também por ser a primeira vez que acontece.

Luís Cordeiro, professor de desporto na instituição e que acompanhou o percurso de Pedro e André Serrote nas qualificações, que decorrem em vários locais do País, não esconde o orgulho de ver os atletas selecionados para os Special Olympics, assumindo que «é uma grande conquista para eles e para todos nós que trabalhamos», realçando que o facto de numa selecção de 10 atletas, dois serem de Portalegre e utentes da Cerci, pelo que «acho que merecem ser reconhecidos por isso», denota.

Sobre a participação portuguesa nestes Jogos Mundiais, o presidente do Special Olympics Portugal, António Marques, já referiu que «não vamos à procura de medalhas. Certamente que ganharão medalhas, mas vão ganhar certamente uma experiência única em termos da sua autoestima, da sua capacidade de irem mais longe, de superarem as suas próprias deficiências, conseguindo melhorar tempos, melhorar resultados», enfatizou, acrescentando que a organização conta ter uma assistência de cerca de meio milhão de pessoas, e estão inscritos sete mil atletas de 190 países, em 26 modalidades.

O movimento Special Olympics existe desde 1968 (desde 2001 em solo luso) e Portugal participou nos Jogos Mundiais Dublin2003, Shangai2007, Atenas2011, Los Angeles2015 e Abu Dhabi2019.

As provas são organizadas numa lógica de integração e de competição entre iguais, o que significa que é implementado o divisioning, com os atletas inscritos em séries com tempos semelhantes.

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