Faleceu na manhã desta sexta-feira, dia 1, o conceituado fadista Carlos do Carmo.
O cantor de 81 anos e com mais de 50 anos de carreira faleceu no hospital de Santa Maria, em Lisboa, onde deu entrada ontem com um aneurisma na aorta, tendo a notícia da sua morte sido confirmada pela família.
Nascido em Lisboa a 21 de Dezembro de 1939, Carlos do Carmo era filho da fadista Lucília do Carmo, portalegrense dos quatro costados e que cedo foi para Lisboa, retornando sempre a Portalegre, cidade que a viu nascer e cujo nome está prepétuado numa da ruas do centro histórico.
Carlos do Carmo fica para a história nacional com uma das maiores figuras do Fado, tal como evocou o Presidente da República numa nota emitida esta manhã no sítio da Presidência.
«Carlos do Carmo foi uma das grandes figuras do fado e da dignidade do fado», refere Marcelo Rebelo de Sousa, sublinhando ainda a «Dignidade do texto, da qualidade do texto, da dicção, do dizer. Dignidade de uma vocação exigente, sem cedências e vedetismos. Dignidade de uma atenção humana, de uma compaixão, uma empatia de «homem na cidade» ao lado dos outros homens e mulheres».
Entretanto, o governo determinou dia de luto nacional a 4 de Janeiro pela morte de Carlos do Carmo.