O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), Jaime Marta Soares, considera que a invasão ao quartel dos Bombeiros de Monforte, sucedida na noite de sábado, foi «uma atitude intolerável e abusiva».
Na sequência deste caso, a LBP endereçou uma carta ao Presidente da República em que apela para que o «Estado Português proteja eficazmente quem sempre esteve e está na linha da frente, apoiando quem precisa e arriscando a sua própria vida» e para que, «se tal for necessário, se legisle para a protecção dos bombeiros e das suas estruturas».
Este apelo surge após o ataque ao quartel dos Bombeiros de Monforte, na noite do último sábado, episódio que Jaime Marta Soares relata ao Chefe de Estado, a quem alerta que este tipo de actos «se têm repetido».
«Lamentavelmente, os ataques a quartéis de bombeiros e a bombeiros voltaram a acontecer e desta vez em Monforte, a propósito do transporte de um doente em plena crise da pandemia COVID-19» refere o presidente da LBP na carta endereçada ao PR, lembrando que «os bombeiros, como é amplamente reconhecido, nunca olharam a cor, credo religioso, partido político, ou qualquer etnia para transporte de doentes urgentes ou não urgentes que deles necessitam».
O responsável considera ainda que o caso de Monforte foi «uma atitude intolerável e abusiva, fazendo uso da força e da intimidação» de um grupo de meia centena de cidadãos devidamente identificados que «entrou de forma intempestiva e brutal nas instalações da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Monforte»
Na sequência deste e de outros casos idênticos, Jaime Marta Soares afirma que «não podemos continuar a tolerar a passividade ou tolerância excessiva das autoridades perante ataques mesquinhos e cobardes contra os bombeiros, cidadãos respeitáveis e respeitadores, e que como tal exigem ser tratados».
