JS considera Linha do Leste «uma prioridade política que tem de se tornar numa luta regional»

A Federação Distrital de Portalegre da Juventude Socialista (JS) lançou no último sábado o “Roteiro pela Electrificação da Linha do Leste” que contou com a participação do coordenador do Plano Ferroviário Nacional, Frederico Francisco, do Secretário-geral da JS, Miguel Costa Matos, e do deputado Eduardo Alves.

O Roteiro iniciou-se com uma visita à Transitex, empresa instalada na Plataforma Logística de Elvas, que, segundo a JS, encara a electrificação da Linha do Leste como uma oportunidade única para o transporte de mercadorias. Pelas 15h40 mais de 40 jovens entravam na automotora Allan 350 que os levaria de Elvas a Ponte de Sor, onde terminaria o Roteiro com uma visita ao Aeródromo Municipal de Ponte de Sor.

A comitiva foi recebida no Aeródromo pelo presidente da Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo, Hugo Hilário, que felicitou todos os jovens socialistas pela «coragem» na organização deste roteiro e assumiu «que com a construção da Barragem do Pisão, o desenvolvimento das plataformas logísticas e perante a aprovação das agendas mobilizadoras com mais de 250 milhões de euros, garantir boas condições de mobilidade através da electrificação da Linha do Leste é essencial para complementar estes investimentos».

O presidente da Federação de Portalegre da JS, João Pedro Meira, demonstrou-se concretizado e satisfeito «pela forma como os jovens socialistas do Alto Alentejo se mobilizaram e conseguiram organizar um roteiro que do ponto de vista logístico parecia difícil de concretizar inicialmente».

Afirmou que «para a Federação de Portalegre da JS a Linha do Leste é uma prioridade política que tem de se tornar numa luta regional, pelo significado que representa para muitos estudantes deslocados que encontram aqui, muitas vezes, o único meio de transporte público entre o Alto Alentejo e o Norte do país, pelo enorme potencial no transporte de mercadorias para e a partir das plataformas logísticas de Elvas e do Sudoeste Europeu e pelo potencial no transporte de passageiros que se consolidará com a construção do Ramal de Portalegre».

Por seu turno, Frederico Francisco constatou que «a construção da nova linha Évora – Elvas é o maior investimento em nova linha férrea dos últimos 100 anos» e conclui que esta linha permitirá «colocar Elvas a menos de duas horas de Lisboa e Portalegre a menos de três horas e, portanto, «esta infra-estrutura terá uma importância enorme para ligar o Alto Alentejo à Área Metropolitana de Lisboa e a Évora». Conclui, assim, que a «electrificação da Linha do Leste, do ponto de vista técnico, é a sequência natural desse investimento» e que «ainda antes disso, o primeiro passo será, havendo disponibilidade de material circulante, aumentar a frequência para um patamar mínimo de dois comboios por dia em cada sentido».

Miguel Costa Matos louvou o espírito de militância da Federação de Portalegre da JS pela «capacidade com que percorreram o distrito de lés-a-lés», deixando uma mensagem sobre a importância destes roteiros que «nos permitem fazer política próxima do terreno (…) combatendo o centralismo (…) para conhecermos as empresas e o território». Acrescentou ainda que «este encontro com a realidade nos permite perceber como é que as nossas conquistas se cruzam com a vida da nossa geração».

Eduardo Alves recordou que «é prioritário aumentarmos a frequência para que consigamos juntar as pessoas a esta causa, tornando-se num meio de transporte credível para a vida das pessoas» e concretizou que «precisamos da força dos municípios para tornarmos este projecto numa causa regional».

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