Hutchinson de Campo Maior garante que tem aplicado aumentos salariais «acima da inflação»

Na sequência da greve de 24h dos trabalhadores da Hutchinson de Campo Maior, a gerência da fábrica emitiu um esclarecimento em que sublinha que «as actualizações salariais concretizadas ao longo dos anos em Campo Maior têm sido sempre superiores à inflação».

A empresa garante que, «como sempre tem feito ao longo dos anos, procedeu à actualização salarial para o corrente ano», esclarecendo que a actualização para 2024 tem «como objectivo valorizar o trabalho de todos os colaboradores e contribuir para a melhoria da sua qualidade de vida e, baseou-se no valor da inflação registada em 2023, no efeito do aumento do salário mínimo nacional e nos acordos celebrados em sede de contratação colectiva, destacando-se a revisão das tabelas salariais do Acordo Colectivo de Trabalho das Indústrias Químicas, revisto em Dezembro último, e o acordo de médio prazo para a melhoria dos rendimentos, salários e competitividade, assinado pelo Governo, confederações patronais e sindicatos, que prevê aumentos de referência de 5%».

Segundo o documento, estas actualizações «no presente ano de 2024 correspondem, para as categorias profissionais mais representativas, a um ganho superior a 8% face à remuneração de 2023, ou seja, muito acima da inflação média de 2023 que se situa em 4,3%».

Presente em Campo Maior deste 1999, a fábrica emprega actualmente 556 trabalhadores permanentes, dos quais 70 foram recrutados em 2023, indica a gerência do esclarecimento, acrescentando que «o longo dos anos, a fábrica «tem sido uma história de sucesso em Campo Maior, graças ao empenho e excelência das suas equipas, ao profissionalismo e dedicação dos seus trabalhadores, sem esquecer o empenho e investimento do grupo Hutchinson e o apoio das autoridades locais e nacionais, tornando-a uma fábrica de referência para o grupo e para a região».

Este esclarecimento surge na sequência da greve de 24 horas que os trabalhadores da fábrica cumpriram entre as 22h de quarta-feira e as 22h de quinta-feira e que, segundo o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul (SITE Sul), teve uma adesão que rondou os 70%.

Um dos objectivos da greve era reivindicar aumentos salariais.

Publicidade