Festas do Povo de Campo Maior são Património Cultural Imaterial da Humanidade

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As Festas do Povo de Campo Maior, expoente máximo da tradição e identidade campomaiorense, foram declaradas esta quarta-feira, dia 15, como Património Imaterial pela UNESCO.

Depois de inscrito no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, o dossier – desenvolvido pela Turismo do Alentejo / Ribatejo, pela Câmara Municipal de Campo Maior e pela Associação das Festas do Povo de Campo Maior -, recebeu agora o selo da UNESCO no decorrer da 16.ª reunião do Comité do Património Mundial que decorre em Paris e em que estão a ser avaliadas 60 candidaturas de bens e manifestações apresentadas de diferentes países.

As Festas do Povo de Campo Maior realizaram-se pela última vez em 2015 e deveriam ter ocorrido em 2020, o que não foi possível devido à pandemia.

Este evento reconhecido internacionalmente acontece quando o povo quer e tem a sua génese no final do XIX, sendo pensadas pelos campomaiorenses e envolvendo toda a comunidade local que, durante cerca de nove meses, trabalha de forma voluntariosa para embelezar com criatividade as ruas da vila, mantendo em segredo as temáticas das coloridas e floridas decorações até ao dia da inauguração do evento.

Esta tradição, claramente identitária do povo de Campo Maior, tem vindo a ser transmitida de geração em geração oralmente e de forma informal, com os mais velhos a ensinar os mais novos a elaboração das flores que ornamentam os espaços públicos da vila.

Esta classificação das Festas do Povo de Campo Maior como Património Cultural Imaterial é o sexto título da UNESCO a ser atribuído ao Alentejo, depois do Centro Histórico de Évora, das Fortificações Abaluartadas de Elvas, do Cante Alentejano, do Fabrico de Chocalhos de Alcáçovas e do Figurado de Barro de Estremoz. Também no Ribatejo, a Falcoaria de Salvaterra de Magos ostenta o selo da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.

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