Casa da Inquisição inaugurada em Castelo de Vide

Foi inaugurada na manhã desta quinta-feira, dia 16, a Casa da Inquisição, na Rua Nova, em Castelo de Vide. Trata-se de um projecto “único” e “inovador” e que pretende ser um espaço de interpretação da história, nomeadamente do Santo Ofício.

De acordo com a Câmara de Castelo de Vide, este novo museu «insere-se na estratégia municipal que visa a implementação de uma rede de espaços museológicos em curso por forma a qualificar e a diversificar a oferta turística do concelho, consolidando e afirmando Castelo de Vide como destino turístico cultural».

«No que se refere ao Turismo Religioso, a herança judaica é um segmento crescente na Península Ibérica, sendo que em Castelo de Vide os Estados Unidos da América e Israel já ocupam, depois de Espanha, os primeiros lugares na estatística referente ao mercado turístico externo», frisa a autarquia.

Assim, depois da musealização da Sinagoga Medieval, aberta em 2009 e que já recebeu 361.716 visitantes, é agora hora de abrir portas à Casa da Inquisição, um projecto «que ambiciona ser inovador e profundamente marcante, face à abordagem criativa e tecnológica a um tema bastante sensível e melindroso».

Excluídos quaisquer juízos de Fé ou julgamento histórico, a Casa da Inquisição é uma experiência que transporta os visitantes ao tempo do Santo Ofício ilustrando quais os procedimentos e ambientes a que foram sujeitas as pessoas que caíram na alçada da Inquisição, conforme as regras estipuladas no próprio Regimento deste Tribunal Eclesiástico.

Trata-se de uma abordagem histórica, cultural e turística, cuja narrativa foi estruturada pelo historiador Jorge Martins, especialista na temática do judaísmo, o qual estudou mais de duzentos processos inquisitoriais de castelo-videnses.

Para além da dimensão cultural e turística, este novo espaço pretende também fazer uma homenagem às Vítimas do Santo Ofício.

A Casa da Inquisição será assim, inequivocamente, um museu que se afirmará no país e no mundo, na medida em que permitirá uma viagem ao cruel, mas igualmente fascinante tempo do Santo Ofício, a partir de um notável palacete seiscentista que só por si merece a visita.

Mais desenvolvimentos na próxima edição do nosso jornal

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