A Câmara de Portalegre, em reunião realizada esta quarta-feira, dia 17, aprovou por maioria a 1.ª revisão permutativa ao orçamento e a 1.ª revisão modificativa às Grandes Opções do Plano, que prevê a expansão da Zona Industrial, onde está incluída a construção das infraestruturas para a nova Escola da GNR.
Esta revisão volta agora à Câmara após ter sido chumbada em sede de Assembleia Municipal, sendo que o executivo liderado por Adelaide Teixeira procedeu à alteração do tempo de duração da obra, que passa da previsão de dois anos para um ano e meio.
Esta alteração visa a abertura de rubrica para a Expansão da Zona de Acolhimento Empresarial de Portalegre, prevendo um reforço de 1.000 euros para 2021 e de 3.710.00 euros para 2022.
A revisão foi aprovada com dois votos contra, do PSD e CDU, e com os votos favoráveis dos vereadores do PS e dos três elementos da CLIP.
Durante a reunião, a presidente da Câmara referiu que já esta semana recebeu parecer favorável da CCDR Alentejo à candidatura apresentada para a expansão da Zona Industrial.
A alteração será agora remetida à Assembleia Municipal.
CDU e PSD pedem orçamento
Tendo em conta a alteração efectuada, o vereador Luís Pargana pediu a retirada do ponto e o seu reagendamento para a próxima semana, uma vez que não «há necessidade de uma revisão orçamental que apenas permite uma visão parcial de onde se tiram as verbas e de onde se aplicam, sem uma perspectiva estratégica global», instando o executivo a apresentar o documentos previsionais.
O vereador disse ainda que a CDU está disponível para aprovar os documentos previsionais, desde que estes tenham em conta apoios às famílias e empresas que estão a passar dificuldades devido à pandemia de COVID-19.
Por seu turno, António Oliveira, justificou o voto contra no mesmo sentido.
Recorde-se que a Câmara de Portalegre tem em vigor o orçamento de 2018, aprovado ainda durante o acordo tripartido entre a CLIP, PSD e CDU. Os documentos apresentados nos anos seguintes foram todos reprovados.
PS reconhece necessidade das obras
Afirmando estar «livre da política eleitoral partidária», Correia da Luz mostrou-se favorável às obras em questão, considerando que «correspondem às necessidades de desenvolvimento do concelho».
Também Artur Correia se mostrou favorável às duas obras, enaltecendo que a expansão da zona industrial «é uma necessidade urgente» e assumindo ter conhecimento de empresas que querem sediar-se naquele espaço e não conseguem por não haver lotes.
